quinta-feira, dezembro 13, 2007

Sessão "Homens na vida das mulheres parte VII: O mal resolvido

De volta à pequena série que tanto agrada às leitoras, e que de vez em quando reaparace aqui na Jeca...

Já falamos de tantos, não? O sensível, o amigo gay, o "eiro", o cabeludo, o narcisista, ... São tantas as experiências que temos ao longo de nossa vida, que daria para escrever um tratado completo dos vários tipos com quem cruzamos...

Mas quase nunca falamos das experiências que deixamos de ter...
Aquelas, que deixam um sabor meio amargo na boca, que te lembram da rapidez da vida e de que se não aproveitamos lá atrás, o tempo não nos dá placa de retorno...
São os casos mal resolvidos!

Existem, naturalmente, sub divisões para os mal resolvidos. Alguns, são frutos de relacionamentos que terminaram sem serem efetivamente terminados, ou seja, algo ainda ficou que deveria ter sido dito, vivido ou feito! A falta de oportunidade para um soco bem dado pode servir de bom exemplo para que determinado sujeito entre na categoria dos mal resolvidos!

Outros, ganham o broche MR por que duraram pouquíssimo, às vezes uma noite apenas, você acredita que ali havia potencial para algo mais duradouro, mas que por algum motivo fica no ponto de interrogação. (como, por exemplo, ele ter engravidado uma menina no primeiro encontro e engrenar o tal "algo duradouro" com ela...)

E claro, a categoria mais agonizante de todas, os MR broche de ouro, que são aqueles com quem você nunca teve nada, nadinha, além de umas faíscas nítidas, uns momentos tensos, mas que nunca saíram do papel... Ou melhor, da abstração platônica.
Esses são os mais difícies de administrar, por que, ora, por que... É simples, por que te deixam com uma profunda raiva de si mesma ao pensar que poderia ter aproveitado melhor suas chances e pagar logo pra ver, enquanto ainda era tempo!! Por que no caminho até o carro, de noite, sem ninguém por perto você já não agiu como a mulher segura que hoje você é e não mostrou logo as garras? Elementar, não? Você ainda não era a mulher segura que é hoje, era apenas uma menininha de 21 anos, que acreditava que fazer isso "pegava mal"...

Não conheço nenhuma mulher que não tenha sua cota de MR, do nível olímpico que for, mas sempre há algum.
Quem não tem, ou teve a sorte de resolver todos, seja com o citado soco na cara, seja com terapia ou seja com uma bela encurralada bem planejada, ou não quer contar. Até quem namora desde os 12 anos o mesmo rapaz cruzou com algum ser ao longo do percurso que a fez salivar. Salivou e não resolveu????? Broche nele!!!

É fácil imaginar por que quase nunca falamos sobre isso. Em primeiro lugar, ninguém gosta de mexer em ferida ou mesmo expor suas fraquezas. Muito mais interessante que "putz, eu sempre quis aquele cara, mas ele nunca me deu chance" é dizer "eu tive todos os caras que quis."
A maioria pode ser, todos, duvido...
(se for assim, por favor, chamem o Figo, tá? Tenho uns assuntos pendentes com ele, e ele está SIM na minha lista de permissões, rsrsrs)
Além disso, muitas vezes é mexer em terreno infértil, de que adianta eu lembrar de algo que não tem remédio?
E claro, não falamos dos MR para que os BR (bem resolvidos) não se ofendam.

Se o Sr. BR ler este post?
Só vai saber que a mulher dele viveu (e viveu mesmo!) pelo menos 26 anos antes de o conhecer, que, apesar de não ter segredos, tem seus mistérios e que tem boa memória, nada mais...

Inté!!

11 comentários:

MH disse...

Nossa, os MR... todos os desaforos que queria falar eu falei, mas as outras duas categorias... quando chegou na MR Ouro então, me veio o campeão na cabeça, agora estou lembrando alguns mais antigos, menos MR mas ainda assim... fogo!!!

E tem razão, o Sr BR pode ficar melindrado, não falo nem escrevo do assunto, mas o fato é que vivi 29 anos bem vividos antes da gente se conhecer. E se algum MR aparecesse AGORA, não faria nada, o momento passou, a validade venceu!

adorei o post!
beijo

Tati disse...

a mh, eu fiquei sem dar uns dos socos que tive vontade, é uma sensação horrível... De vez em quando falo os desaforos que queria em sonho, mas não tem o mesmo efeito... Mas também, com o tempo, a necessidade fica menor, e se eu cruzasse com esse tipo de MR, bobear nem tapinha eu daria mais...

Beijo

Ana Carolina disse...

Quem não tem MR's?!...
Espero apenas encontrar o meu Sr. BR!!! rsrsrsrsrs

Adoreeeeeei!
Beijinhos

Cláudia disse...

Tati, o que seria de nós, no futuro, no asilo de piso climatizado, se não fossem os MRs pra gente contar as histórias pras amigas?
beijo

Tati disse...

carol, seu BR veio a cavalo, rsrsrs...

Clau, concordo plenamente, mesmo por que as histórias de MR são mais interessantes que as dos BR, pois afinal, ficaram no What If...

Capitão-Mor disse...

Você sabe o que significa broche no meu país??? Ah,eh,ah!

Tati disse...

capitão, até imagino... É o que se diz aqui, só que terminado com "a" ou invés de "e"?.... rsrsrs

Anônimo disse...

Nossa, sabe sobre qual tipo de homem vc deveria escrever em seu próximo post? Homens "i wish it never happened".. pode falar de caras chatos, pegajosos ou que tem alergia de areia.. hahahahahaa... piadinha interna, não resisti.. bjj
Caia

Unknown disse...

Então... Felizes sempre serão os BRs.
Desculpa, mas este assunto lembrou um garota que eu conheci lá no passado.Porque não só são as mulheres, mas os homens tambêm tem suas MRs na vida. Eu daria a ela o broche de diamante, quele que durarà para sempre.
Fui.

Tati disse...

Caia, até comecei a escrever sobre os "wish they never happened", mas é terreno argiloso, quem quer falar em personagens como Capitão Caverna, Locutores esportivos com mate no dente, jogadores de futebol famosos (não pela beleza...), punks da periferia, argentinos de camboriú (não todos, claro....), "Vareia" de concórdia,
etc, etc, e.... etc...
rsrsrs

Tati disse...

marlo... hum... pois é, existem certos broches "inconfeccionáveis"...
Mas lembre-se de que um MR convicto em um caso, pode ser um BR maravilhoso em outro...
got it?
beijos