Hoje nasceram filhotes de blogs... Filhotes ainda crus mas que serão alimentados semanalmente...
Alguns, devido à frente fria e à gripe que com ela vem, nascerão nos próximos dias, mas a maioria sobreviveu ao gelo e está no ar!
A cada semana, um texto novo, e os melhores estarão em um blog comunitário, o
Grandes Pequenos Blogueiros.
Ao lado vocês encontram os links já no ar e saibam que a primeira pergunta que fizeram foi:
"Pro, os blogueiros que nós visitamos vão ler o nosso blog?"
"Pro, O Gastón vai ler?!!!"
.....
Divirtam-se, esperamos que a alma adolescente de todos esses grandes pequenos escritores conquiste leitores e os incentive a escrever...
Inté!
quarta-feira, maio 30, 2007
terça-feira, maio 29, 2007
O Diabo não veste Zara...
Eu demoro um pouco a me render a filmes e livros do tipo Best Seller...
Levei anos até ter coragem de ler o Código da Vinci, por puro e simples preconceito.
Ainda não li O caçador de pipas, A menina que roubava livros, Neve, Anjos e Demônios e geralmente olho com desdém os títulos dos mais vendidos...
Preconceito, sei disso. Mas no fim da contas, quando o título persiste eu me rendo. E alguns deles me surpreendem.
Como a Sombra do vento, que li e pelo qual caí de amores.
O mesmo acontece com filmes.
Alguns ovacionados pelo grande público passam batido por mim. Não vou gastar um tostão para ver Homem Aranha, Rocky 45, e 13 homens e mais um segredo.
Não agüento mais segredo! Mesmo vindo deles...
A não ser que este último filme venha com o casting de brinde, não vou.
"Assista a 13 homens e não sei mais qual segredo e leve Matt Damon para casa!"
"Comprando um ingresso de 13 homens sem segredo você leva George Clooney!"
Mas, mais uma vez, em alguns casos, quando a locadora não me deixa outra opção, até encaro um Starbucks do Cinema, como fiz ontem, com O Diabo Veste Prada.
O filme não tem nada de muito revolucionário, mas me deixou grudada no sofá...
Não pelo enredo. Menina idealista consegue um emprego com a chefona da moda novaiorquina. Muda sua concepção sobre o mundo fashion, vê o lado humano do Diabo, muda de visual, mas... não muda sua alma...
Bla blá bla, been there, done that, filme bacana para ser visto no sofá de casa.
O que me prendeu mesmo foi o figurino.
Só ele já vale o filme.
Claro que há lugares e lugares... Andar em Manhattan é uma coisa, ir ao correio a pé na roça, antes de passar no mercado e na padaria é outra. Claro que aqui não cabe a bota Chanel, o Manolo Blahnik ou o vestidinho Valentino que combinam perfeitamente com as calçadas da
Fifth Avenue ou do Soho.
Mas ainda assim me senti minúscula usando minhas calças jeans, camisetas Zara e saltinho comprados diretamente da fábrica, em Jaú...
Ser mulher é uma tarefa árdua, e por vezes encarar mesmo o salto 7, vestidinho preto e bolsa Prada faz bem à alma....
Mesmo na roça...
Levei anos até ter coragem de ler o Código da Vinci, por puro e simples preconceito.
Ainda não li O caçador de pipas, A menina que roubava livros, Neve, Anjos e Demônios e geralmente olho com desdém os títulos dos mais vendidos...
Preconceito, sei disso. Mas no fim da contas, quando o título persiste eu me rendo. E alguns deles me surpreendem.
Como a Sombra do vento, que li e pelo qual caí de amores.
O mesmo acontece com filmes.
Alguns ovacionados pelo grande público passam batido por mim. Não vou gastar um tostão para ver Homem Aranha, Rocky 45, e 13 homens e mais um segredo.
Não agüento mais segredo! Mesmo vindo deles...
A não ser que este último filme venha com o casting de brinde, não vou.
"Assista a 13 homens e não sei mais qual segredo e leve Matt Damon para casa!"
"Comprando um ingresso de 13 homens sem segredo você leva George Clooney!"
Mas, mais uma vez, em alguns casos, quando a locadora não me deixa outra opção, até encaro um Starbucks do Cinema, como fiz ontem, com O Diabo Veste Prada.
O filme não tem nada de muito revolucionário, mas me deixou grudada no sofá...
Não pelo enredo. Menina idealista consegue um emprego com a chefona da moda novaiorquina. Muda sua concepção sobre o mundo fashion, vê o lado humano do Diabo, muda de visual, mas... não muda sua alma...
Bla blá bla, been there, done that, filme bacana para ser visto no sofá de casa.
O que me prendeu mesmo foi o figurino.
Só ele já vale o filme.
Claro que há lugares e lugares... Andar em Manhattan é uma coisa, ir ao correio a pé na roça, antes de passar no mercado e na padaria é outra. Claro que aqui não cabe a bota Chanel, o Manolo Blahnik ou o vestidinho Valentino que combinam perfeitamente com as calçadas da
Fifth Avenue ou do Soho.
Mas ainda assim me senti minúscula usando minhas calças jeans, camisetas Zara e saltinho comprados diretamente da fábrica, em Jaú...
Ser mulher é uma tarefa árdua, e por vezes encarar mesmo o salto 7, vestidinho preto e bolsa Prada faz bem à alma....
Mesmo na roça...
segunda-feira, maio 28, 2007
Dividindo Poesia IV...
Foto: Olhares.com
Bêbado,
Abatido pelas ilusões mundanas,
Me leva a um bar repleto de outros miseráveis
E grita que me ama
Faz declarações de amor tão embriagadas quanto a garrafa no balcão
E me beija...
Eu rio, e me vou.
Apaixonada,
Radiante pelas ilusões do amor,
Te prendo em meu ninho repleto de nós
E suspiro que te amo
Faço amor embriagada pelo teu suor no meu corpo
E te beijo...
Você chora, e se vai.
São Paulo, 8 de fevereiro de 1998
sábado, maio 26, 2007
Em dias de frio...
Aquela sopa de abóbora com gengibre, que esquenta a alma....
Gola rolê, casaco e cachecol, sustentados pela bota que há meses não sai da sapateira...
Nina no colo, esquentando a barriga... (Nina é a labradora da família, nenê de 4 meses....)
Bhástrika no Yôga, que esquenta o corpo e o cérebro...
Pijama de flanela e meia de dedinhos, por baixo do edredon de pena de ganso...
Foundue com os amigos...
Secador para o cabelo...
Chocolate quente com leite condensado...
E o must, o auge de todo inverno:
Pipoca com seu amor, embrulhados na coberta felpuda... Na tela, um filme que ele alugou pensando em você. Pode ser Volver, Orgulho e Preconceito ou O ano em que meus pais saíram de férias, qualquer um... Desde que tenha sido alugado para te agradar. Enquanto você reclama e mia de frio, ele mesmo estoura a pipoca, que tempera com um pouco de cominho, curry e uma pitada de pimenta moída.
Play....
Gola rolê, casaco e cachecol, sustentados pela bota que há meses não sai da sapateira...
Nina no colo, esquentando a barriga... (Nina é a labradora da família, nenê de 4 meses....)
Bhástrika no Yôga, que esquenta o corpo e o cérebro...
Pijama de flanela e meia de dedinhos, por baixo do edredon de pena de ganso...
Foundue com os amigos...
Secador para o cabelo...
Chocolate quente com leite condensado...
E o must, o auge de todo inverno:
Pipoca com seu amor, embrulhados na coberta felpuda... Na tela, um filme que ele alugou pensando em você. Pode ser Volver, Orgulho e Preconceito ou O ano em que meus pais saíram de férias, qualquer um... Desde que tenha sido alugado para te agradar. Enquanto você reclama e mia de frio, ele mesmo estoura a pipoca, que tempera com um pouco de cominho, curry e uma pitada de pimenta moída.
Play....
sexta-feira, maio 25, 2007
O ciclo da vida
No dia 22 de setembro de 2006 nasceu a Jeca Urbana. Naquele dia, fiquei tão empolgada com o parto que escrevi quatro posts.
Em um deles, homenageei minha inspiração, o blog que me incentivou a entrar nesse mundo ainda obscuro para mim. Se o Gastón não escrevesse como escreve, a Jeca não teria nascido. Sou e sempre serei agradecida a ele...
Mas como a vida é ciclo, a Jeca cresceu, ainda é bem criança, mas já conquistou algumas cabeças e corações por este vasto mundo virtual e hoje, fica feliz em ver que serviu de inspiração para o nascimento de mais um espaço de escrita...
Algo a mais é o nome do pupilo da Carolzinha, que comenta assiduamente aqui na Jeca.
Carolzinha é jeca nascida e criada na roça. Porrrrta e Tattttiana fazem parte do seu dialeto fonológico... Mas ela mal sabe o quanto ela mesma é urrrrrbana, uma vez que tem espírito livre e muita capacidade para levantar vôo e ir para onde bem entender.
Ela trabalha na escola, e como colega de trabalho, provou que tem realmente algo a mais para trazer...
Boa sorte Carolzinha!
Inté!!
Em um deles, homenageei minha inspiração, o blog que me incentivou a entrar nesse mundo ainda obscuro para mim. Se o Gastón não escrevesse como escreve, a Jeca não teria nascido. Sou e sempre serei agradecida a ele...
Mas como a vida é ciclo, a Jeca cresceu, ainda é bem criança, mas já conquistou algumas cabeças e corações por este vasto mundo virtual e hoje, fica feliz em ver que serviu de inspiração para o nascimento de mais um espaço de escrita...
Algo a mais é o nome do pupilo da Carolzinha, que comenta assiduamente aqui na Jeca.
Carolzinha é jeca nascida e criada na roça. Porrrrta e Tattttiana fazem parte do seu dialeto fonológico... Mas ela mal sabe o quanto ela mesma é urrrrrbana, uma vez que tem espírito livre e muita capacidade para levantar vôo e ir para onde bem entender.
Ela trabalha na escola, e como colega de trabalho, provou que tem realmente algo a mais para trazer...
Boa sorte Carolzinha!
Inté!!
quinta-feira, maio 24, 2007
Jecas na Urbe!
Quarta feira cinza, chuvosa, fria... Sete horas da manhã e todos animadíssimos na porta da sala de aula. Mochilas repletas de salgadinhos gordurosos, refrigerantes e chocolates.... O grupo não pára de falar, enquanto os professores mal tiraram os rostos dos travesseiros.
-O ônibus já chegou, pro?
-A gente pode ir no fundão?
-Pro, eu divido meu lanche com você!
-Eu mal dormi de tão ansiosa que estava!!!
-E eu, que cheguei aqui às 6 e meia da manhã!!!
-A gente pode tirar foto lá?
-Você já foi lá? É bonito?
A animação se mistura ao medo de sair da cidade, de encarar a grande vizinha.
-Pro, e se São Paulo alagar???
-Vai estar muito trânsito?
-Pro, minha mãe mandou eu ficar do seu lado o tempo todo.
-Eu vou de mãos dadas com a pro!
-Mas ela vai sentada no ônibus comigo!
Ônibus chega, todos a bordo, fundão no fundão, professoras posicionadas, e logo os lanches se abrem. Com o estoque que trouxeram, poderiam passar uma semana na selva...
Bagunça vai, bagunça vem, hormônios começam a se manifestar!
Quem gosta de quem? Quem vai voltar do lado de quem? Vai rolar ou não vai rolar?
A chuva castiga mas, como São Paulo é São Paulo e nada é mais imprevisível que ela, o trânsito flui.
-Onde estamos?
-Já chegamos?
-Falta muito?
Logo avistamos a Mão que Sangra do Memorial da América Latina.
-Estamos na MINHA cidade, hein? Agora EU posso sacanear as porrrrrtas de vocês!!!
Meninas fofocam, imitam o monitor, que julgam delicado demais, falam mal das outras.... Outras fazem o famoso jogo duplo e se fazem de amigas de ambas as partes.
Meninos dão risada enquanto cochicham, agem como... Meninos...
Falam mal das meninas que falam mal. Entre eles, só amizade.
O Memorial é lindo, eles amam andar por cima da maquete da América Latina.
-Olha, Buenos Aires!
-Ah, aqui deve ser o Estádio do Morumbi!
-Onde é o Japão?????
-Japão????????? Quem perguntou onde fica o Japão? Não me façam passar vergonha, avisa a pro de geografia.
Alguém esclarece, aos cochichos:
-Não, pro, é pegadinha pra ver se Fulano vai falar besteira...
Fim de visita, monitor elogia a educação dos alunos.
Professoras respiram aliviadas...
Próxima parada, Memorial do Imigrante, antiga Hospedaria dos Imigrantes, fundada em 1888.
Só este lugar valeria um post. Paulistana, a Jeca se envergonha de jamais ter ido ali. Lugar emocionante, que resgata nossas origens e nos leva no tempo.
Ainda que cansados, os alunos escutam atenciosamente as explicações da monitora. (meninos, claro, continuam agindo como... meninos...)
-Pro, se as mulheres dormiam em um quarto e os homens em outro, como eles se reproduziam?
(Todos os outros meninos páram para ver se a professora sai dessa com classe, ou se vai falar alguma daquelas palavras que agem como cócegas, que ao serem pronunciadas os fazem rir e esconder os rostos: pênis, vagina ou sexo... O qualquer outra palavra que lembre, mesmo que remotamente a idéia...)
-Eles já vinham reproduzidos! Ou se reproduziam depois que saiam daqui!
Vêem a maquete da São Paulo antiga, mas se divertem mesmo é com a xícara que tem um aparador de bigode, usado pelos barões do café.
-Eca, não era mais fácil cortar o bigode???
-Pro, você já beijou homem de bigode?
-Lógico que não, né, o marido dela nem tem bigode!
Cinco da tarde, voltamos todos ao ônibus, depois de um dia de cultura e fofoca...
Agora quem vai sentar com quem??????
Motorista apaga a luz!
-Não!!! gritam professoras e diretoras.
-ÊÊÊÊÊÊÊ, grita o povo.
-Jeca, fica lá atrás com eles. De luz apagada é melhor ficar de olho.
A adrenalina não pára! Adultas já moídas, e eles atacando o resto do lanche.
-Pro, você vai jogar fora essa coca?
-Vou, está o dia todo aqui, sem gás e quente!
-Me dá, eu bebo!
-Mas você está com um guaraná na mão!
-Eu bebo!
-Pro, deixa eu ouvir seu Mp3?
-Deixo.
-Nossa, parece meu pai, só tem música de velho!
Nos aproximamos da cidade, da nossa roça querida.
-Pro, sabe o que eu vi que é diferente em São Paulo? Em São Paulo, os policiais usam cavalo!!!
-Ah, eu queria ficar UM ANO nesse ônibus!
-Pro, transfere a prova de espanhol pra outro dia?
-Eu NUNCA mais vou falar com a Cicrana. Não somos mais amigas!
Mas o melhor mesmo, foi chegar na primeira aula de hoje e ver, no único aluno que não quis ir, uma ponta de arrependimento. Uma percepção de que os outros ficaram mais unidos e voltaram cheios de histórias para contar. Apesar da pose de durão, pergunta, como quem não quer nada:
-Pro, quando é o próximo passeio, mesmo?
-Setembro. E será o melhor de todos.
Setembro: Museu da Língua Portuguesa!!!!
Inté!
-O ônibus já chegou, pro?
-A gente pode ir no fundão?
-Pro, eu divido meu lanche com você!
-Eu mal dormi de tão ansiosa que estava!!!
-E eu, que cheguei aqui às 6 e meia da manhã!!!
-A gente pode tirar foto lá?
-Você já foi lá? É bonito?
A animação se mistura ao medo de sair da cidade, de encarar a grande vizinha.
-Pro, e se São Paulo alagar???
-Vai estar muito trânsito?
-Pro, minha mãe mandou eu ficar do seu lado o tempo todo.
-Eu vou de mãos dadas com a pro!
-Mas ela vai sentada no ônibus comigo!
Ônibus chega, todos a bordo, fundão no fundão, professoras posicionadas, e logo os lanches se abrem. Com o estoque que trouxeram, poderiam passar uma semana na selva...
Bagunça vai, bagunça vem, hormônios começam a se manifestar!
Quem gosta de quem? Quem vai voltar do lado de quem? Vai rolar ou não vai rolar?
A chuva castiga mas, como São Paulo é São Paulo e nada é mais imprevisível que ela, o trânsito flui.
-Onde estamos?
-Já chegamos?
-Falta muito?
Logo avistamos a Mão que Sangra do Memorial da América Latina.
-Estamos na MINHA cidade, hein? Agora EU posso sacanear as porrrrrtas de vocês!!!
Meninas fofocam, imitam o monitor, que julgam delicado demais, falam mal das outras.... Outras fazem o famoso jogo duplo e se fazem de amigas de ambas as partes.
Meninos dão risada enquanto cochicham, agem como... Meninos...
Falam mal das meninas que falam mal. Entre eles, só amizade.
O Memorial é lindo, eles amam andar por cima da maquete da América Latina.
-Olha, Buenos Aires!
-Ah, aqui deve ser o Estádio do Morumbi!
-Onde é o Japão?????
-Japão????????? Quem perguntou onde fica o Japão? Não me façam passar vergonha, avisa a pro de geografia.
Alguém esclarece, aos cochichos:
-Não, pro, é pegadinha pra ver se Fulano vai falar besteira...
Fim de visita, monitor elogia a educação dos alunos.
Professoras respiram aliviadas...
Próxima parada, Memorial do Imigrante, antiga Hospedaria dos Imigrantes, fundada em 1888.
Só este lugar valeria um post. Paulistana, a Jeca se envergonha de jamais ter ido ali. Lugar emocionante, que resgata nossas origens e nos leva no tempo.
Ainda que cansados, os alunos escutam atenciosamente as explicações da monitora. (meninos, claro, continuam agindo como... meninos...)
-Pro, se as mulheres dormiam em um quarto e os homens em outro, como eles se reproduziam?
(Todos os outros meninos páram para ver se a professora sai dessa com classe, ou se vai falar alguma daquelas palavras que agem como cócegas, que ao serem pronunciadas os fazem rir e esconder os rostos: pênis, vagina ou sexo... O qualquer outra palavra que lembre, mesmo que remotamente a idéia...)
-Eles já vinham reproduzidos! Ou se reproduziam depois que saiam daqui!
Vêem a maquete da São Paulo antiga, mas se divertem mesmo é com a xícara que tem um aparador de bigode, usado pelos barões do café.
-Eca, não era mais fácil cortar o bigode???
-Pro, você já beijou homem de bigode?
-Lógico que não, né, o marido dela nem tem bigode!
Cinco da tarde, voltamos todos ao ônibus, depois de um dia de cultura e fofoca...
Agora quem vai sentar com quem??????
Motorista apaga a luz!
-Não!!! gritam professoras e diretoras.
-ÊÊÊÊÊÊÊ, grita o povo.
-Jeca, fica lá atrás com eles. De luz apagada é melhor ficar de olho.
A adrenalina não pára! Adultas já moídas, e eles atacando o resto do lanche.
-Pro, você vai jogar fora essa coca?
-Vou, está o dia todo aqui, sem gás e quente!
-Me dá, eu bebo!
-Mas você está com um guaraná na mão!
-Eu bebo!
-Pro, deixa eu ouvir seu Mp3?
-Deixo.
-Nossa, parece meu pai, só tem música de velho!
Nos aproximamos da cidade, da nossa roça querida.
-Pro, sabe o que eu vi que é diferente em São Paulo? Em São Paulo, os policiais usam cavalo!!!
-Ah, eu queria ficar UM ANO nesse ônibus!
-Pro, transfere a prova de espanhol pra outro dia?
-Eu NUNCA mais vou falar com a Cicrana. Não somos mais amigas!
Mas o melhor mesmo, foi chegar na primeira aula de hoje e ver, no único aluno que não quis ir, uma ponta de arrependimento. Uma percepção de que os outros ficaram mais unidos e voltaram cheios de histórias para contar. Apesar da pose de durão, pergunta, como quem não quer nada:
-Pro, quando é o próximo passeio, mesmo?
-Setembro. E será o melhor de todos.
Setembro: Museu da Língua Portuguesa!!!!
Inté!
terça-feira, maio 22, 2007
Protesto!
Foto: Marcelo Pereira/ Terra
A primeira vez que entrei na USP foi em 1995! Comecei o curso de Inglês na Letras, que abandonei em seguida. Voltei em 1998, e desde então faço parte da comunidade uspiana. AMO aquele lugar!
Amo sua História, seu ar retrô, sua inteligentsia.
Amo os gramados, os sebos, a Edusp.
Amo os alunos estranhos que freqüentam a Letras, e que me fazem sempre ter a certeza de que a estranha sou eu.
Mas DETESTO a cultura de greve que se instalou ali.
Parece tudo muito idealista, muito revolucionário... Mas não é!
Não é por que desde que entrei, há 12 anos, passei por umas 6 greves iguais a esta e NENHUMA resolveu os problemas da Universidade. Sempre os prejudicados são os mesmos que propõe a greve: os alunos.
É cansativo, a cada ano que começa, ter que pensar: será que neste ano teremos paralização?
É desgastante se arrepiar a cada assembléia de alunos, e ver que os calouros chegam com a mesma gana de mudança, as mesmas reclamações, embora mantenham a mesma tática ultrapassada.
Outro dia um rapaz de seus 20 e pouquíssimos anos me abordou e disse, de maneira quase Guevarista:
"Temos que mudar, venha à Assembléia, nós vamos discutir as salas super lotadas, as instalações precárias, e a falta de professores. É um absurdo!"
Eu disse a ele:
"Sei que é absurdo. Vejo isso há 12 anos, as mesmas reclamações, os mesmos problemas e não, não vou à Assembléia por que sei qual será o resultado: Greve. E sei também que greve não adianta."
E pior: vejo uns três ou quatro rostos familiares lá. Os mesmos alunos que quando entrei, lá em 1995, estavam no último ano e comandavam os protestos. ELES CONTINUAM LÁ!
Continua o cara que insiste em manter um bigode e corte de cabelo dos anos 60s! Agora está meio grisalho, deve estar já perto dos 40 anos, mas continua levantando as faixas do PSTU...
Um dia levantou a faixa FORA FHC.
Passou para FORA LULA e hoje é FORA SERRA.
E eu digo FORA ELE! Chega!
Meu amigo, a ditadura acabou, se queremos que a USP se modernize, modernizemos também nossas formas de protesto.
Claro que sou a favor das reinvidicações, sou aluna e vejo com tristeza o sucateammento do conhecimento uiniversitário. Acho deprimente entrar nas salas das humanidades e ver grandes nomes dando aulas para 100, 120 alunos, sem nenhuma condição de manter qualidade...
A primeira vez que entrei na USP foi em 1995! Comecei o curso de Inglês na Letras, que abandonei em seguida. Voltei em 1998, e desde então faço parte da comunidade uspiana. AMO aquele lugar!
Amo sua História, seu ar retrô, sua inteligentsia.
Amo os gramados, os sebos, a Edusp.
Amo os alunos estranhos que freqüentam a Letras, e que me fazem sempre ter a certeza de que a estranha sou eu.
Mas DETESTO a cultura de greve que se instalou ali.
Parece tudo muito idealista, muito revolucionário... Mas não é!
Não é por que desde que entrei, há 12 anos, passei por umas 6 greves iguais a esta e NENHUMA resolveu os problemas da Universidade. Sempre os prejudicados são os mesmos que propõe a greve: os alunos.
É cansativo, a cada ano que começa, ter que pensar: será que neste ano teremos paralização?
É desgastante se arrepiar a cada assembléia de alunos, e ver que os calouros chegam com a mesma gana de mudança, as mesmas reclamações, embora mantenham a mesma tática ultrapassada.
Outro dia um rapaz de seus 20 e pouquíssimos anos me abordou e disse, de maneira quase Guevarista:
"Temos que mudar, venha à Assembléia, nós vamos discutir as salas super lotadas, as instalações precárias, e a falta de professores. É um absurdo!"
Eu disse a ele:
"Sei que é absurdo. Vejo isso há 12 anos, as mesmas reclamações, os mesmos problemas e não, não vou à Assembléia por que sei qual será o resultado: Greve. E sei também que greve não adianta."
E pior: vejo uns três ou quatro rostos familiares lá. Os mesmos alunos que quando entrei, lá em 1995, estavam no último ano e comandavam os protestos. ELES CONTINUAM LÁ!
Continua o cara que insiste em manter um bigode e corte de cabelo dos anos 60s! Agora está meio grisalho, deve estar já perto dos 40 anos, mas continua levantando as faixas do PSTU...
Um dia levantou a faixa FORA FHC.
Passou para FORA LULA e hoje é FORA SERRA.
E eu digo FORA ELE! Chega!
Meu amigo, a ditadura acabou, se queremos que a USP se modernize, modernizemos também nossas formas de protesto.
Claro que sou a favor das reinvidicações, sou aluna e vejo com tristeza o sucateammento do conhecimento uiniversitário. Acho deprimente entrar nas salas das humanidades e ver grandes nomes dando aulas para 100, 120 alunos, sem nenhuma condição de manter qualidade...
Obviamente algo deve ser feito. Mas já vi que greves não adiantam.
Hoje provavelmente teremos cenas deprimentes, policiais que há anos não entram no Campus terão que intervir.
E mais!
Desta vez, nem é por qualidade que estão brigando. É por prestação de contas! Não querem que as contas da USP sejam postas na internet, alegam que tal transparência quebraria a autonomia...
Será que é esse mesmo o medo?
Eu estou cansada...
E triste.
Inté!
segunda-feira, maio 21, 2007
Papo de Academia 2
Geralmente academia é um lugar bem característico com relação ao público.
De manhã, aqueles que trabalham cedo, chegam com ternos, tailleurs e camisas no cabide e saem nos trinques para a labuta.
Lá pelas 9 da manhã chegam as mães que não trabalham, que deixaram os filhos na escola.
Hora do almoço, voltam os trabalhadores do Brasil só que aqueles que não acordam cedo nem com balde de água, e que têm duas horas de almoço. Malham, comem um lanchinho na cantina da academia e voltam correndo.
A tarde é o horário dos adolescentes. Hora da molecada, depois do cochilo pós almoço ou da tarefa da escola.
Fim de tarde e noite, voltam aqueles mais ocupados e geralmente a academia enche. Quer usar o supino? Vai revezar com três! Quer usar a esteira? Põe o nome na lista, vai por shopping, tira uma soneca e volta mais tarde...
E dia seguinte... tudo de novo...
Ah, só um detalhe... Isso é a academia na Metrópole, claro...
Na Roça, a dinâmica muda um pouco...
Sim, trabalhadores vêm e vão nos horários de pico, ou seja, manhã e noite. Almoço, nem pensar, pois geralmente almoçam em casa.
Mas o interessante é o horário entre as 9 e 11 da manhã.... Além das mães desocupadas, temos uma presença maciça das...... Velhinhas da Hidro!
Eu fujo desse horário como o diabo da água benta. Como Piu Piu do Frajola, como Luana do Pânico, como Caetano de Luana... Ou seja, fujo do vestiário como Clodovil foge do bom senso.
Uma que o vestiário da academia daqui é super pequeno, não há escape. Outra que elas falam mil vezes mais que o Fidel em dia de discurso, que o Faustão em entrevista ou que... minha sogra eu e minhas cunhadas juntas! (e olha que já batemos o recorde de falar por 8 horas seguidas na cozinha, sem pausa pra xixi!)
Não dá pra respirar perto das velhinhas da hidro! Elas chegam antes só pra fofocar e trocar receitas! Indicam médicos e medicamentos. Falam dos filhos, criticam a educação que as noras dão aos netos... Falam mal das sogras delas, que já morreram há décadas....
Combinam passeios.
-"Esse ano vamos de novo pra Poços de Caldas, né?"
-"Ah, meu marido não agüenta, Dolores, a coluna dele já era!"
-"Mas a gente aluga um ônibus mais confortável!"
E sempre tem uma que é a figura, a agregadora, a que faz todas as outras rirem.
Dia desses ouvi o seguinte papo:
-"Vocês deveriam ir fazer aula de pintura. Eu estou amando.!"
-"Mas você paga quanto? O Antenor gasta tanto com remédio que não sobra nada no fim do mês!"
-"Pago 60 reais, uma aula por semana! Eu já pintei natureza morta, paisagem e logo mais passo pros retratos. Mas o que eu mais gosto agora é de pintar bico de papagaio!"
Nesse instante sai do chuveiro uma das senhoras, enrolada na toalha e toca na cabeça.
-"Bico de papagaio??? Ah, que bom pelo menos não é hérnia de disco!"
Cinco velhinhas peladas, rindo o resto do pulmão delas, vermelhas de tãããão boa que foi a sacada da companheira, não se controlavam mais. Uma delas até sentou para poder rir melhor.
-"Ah, essa Conceição, viu! Conceição, você deveria ser comediante, ia ganhar uma fortuna!"
Ia, ia sim....
Inté!
De manhã, aqueles que trabalham cedo, chegam com ternos, tailleurs e camisas no cabide e saem nos trinques para a labuta.
Lá pelas 9 da manhã chegam as mães que não trabalham, que deixaram os filhos na escola.
Hora do almoço, voltam os trabalhadores do Brasil só que aqueles que não acordam cedo nem com balde de água, e que têm duas horas de almoço. Malham, comem um lanchinho na cantina da academia e voltam correndo.
A tarde é o horário dos adolescentes. Hora da molecada, depois do cochilo pós almoço ou da tarefa da escola.
Fim de tarde e noite, voltam aqueles mais ocupados e geralmente a academia enche. Quer usar o supino? Vai revezar com três! Quer usar a esteira? Põe o nome na lista, vai por shopping, tira uma soneca e volta mais tarde...
E dia seguinte... tudo de novo...
Ah, só um detalhe... Isso é a academia na Metrópole, claro...
Na Roça, a dinâmica muda um pouco...
Sim, trabalhadores vêm e vão nos horários de pico, ou seja, manhã e noite. Almoço, nem pensar, pois geralmente almoçam em casa.
Mas o interessante é o horário entre as 9 e 11 da manhã.... Além das mães desocupadas, temos uma presença maciça das...... Velhinhas da Hidro!
Eu fujo desse horário como o diabo da água benta. Como Piu Piu do Frajola, como Luana do Pânico, como Caetano de Luana... Ou seja, fujo do vestiário como Clodovil foge do bom senso.
Uma que o vestiário da academia daqui é super pequeno, não há escape. Outra que elas falam mil vezes mais que o Fidel em dia de discurso, que o Faustão em entrevista ou que... minha sogra eu e minhas cunhadas juntas! (e olha que já batemos o recorde de falar por 8 horas seguidas na cozinha, sem pausa pra xixi!)
Não dá pra respirar perto das velhinhas da hidro! Elas chegam antes só pra fofocar e trocar receitas! Indicam médicos e medicamentos. Falam dos filhos, criticam a educação que as noras dão aos netos... Falam mal das sogras delas, que já morreram há décadas....
Combinam passeios.
-"Esse ano vamos de novo pra Poços de Caldas, né?"
-"Ah, meu marido não agüenta, Dolores, a coluna dele já era!"
-"Mas a gente aluga um ônibus mais confortável!"
E sempre tem uma que é a figura, a agregadora, a que faz todas as outras rirem.
Dia desses ouvi o seguinte papo:
-"Vocês deveriam ir fazer aula de pintura. Eu estou amando.!"
-"Mas você paga quanto? O Antenor gasta tanto com remédio que não sobra nada no fim do mês!"
-"Pago 60 reais, uma aula por semana! Eu já pintei natureza morta, paisagem e logo mais passo pros retratos. Mas o que eu mais gosto agora é de pintar bico de papagaio!"
Nesse instante sai do chuveiro uma das senhoras, enrolada na toalha e toca na cabeça.
-"Bico de papagaio??? Ah, que bom pelo menos não é hérnia de disco!"
Cinco velhinhas peladas, rindo o resto do pulmão delas, vermelhas de tãããão boa que foi a sacada da companheira, não se controlavam mais. Uma delas até sentou para poder rir melhor.
-"Ah, essa Conceição, viu! Conceição, você deveria ser comediante, ia ganhar uma fortuna!"
Ia, ia sim....
Inté!
quinta-feira, maio 17, 2007
Papo de academia 1
Eu já fui rata de academia. Quem me conheceu somente na fase “urbana”, me associa imediatamente ao nome de uma grande academia de São Paulo, pois eu só faltava levar meu colchonete e levantar lá acampamento. Chegava às 6 da manhã, ia trabalhar e às 5hs30 estava de volta, para terminar o treino.
Louca.
Desvairada.
Neurótica.
O convite que uma amiga fez para meu chá de cozinha diz tudo...
Fiz treino de tudo quanto é jeito, até cair nas mãos de um maluco que queria me inscrever em um concurso de fitness. Sim, fitness, o plano era eu ficar trincada e passar óleo no corpo... Provavelmente ganhar uns fios de barba também, pela quantidade de proteína que eu consumia...
Claro, na verdade eu tinha é perdido toda aquela massa muscular que me deixava redonda, mas a calça jeans dizia: 10 kilos a menos.
Costumo brincar, se o instrutor da academia daqui se encontrasse com os que me conheceram na metrópole, achariam que tenho múltipla personalidade....... Pessoas diferentes, no mínimo.
Louca.
Desvairada.
Neurótica.
O convite que uma amiga fez para meu chá de cozinha diz tudo...
Fiz treino de tudo quanto é jeito, até cair nas mãos de um maluco que queria me inscrever em um concurso de fitness. Sim, fitness, o plano era eu ficar trincada e passar óleo no corpo... Provavelmente ganhar uns fios de barba também, pela quantidade de proteína que eu consumia...
Fiz treino de força, ganhava no leg press de TODOS os homens que freqüentavam a academia de manhã.
Eles fugiam de mim, não queriam treinar ao meu lado, talvez de vergonha.... Ou medo, sei lá.
Até o dia que eu conheci o Yôga. A bam bam bam dos dumbells não conseguia agüentar o peso do próprio corpo e não tinha nada de flexibilidade.
Pirei.
Parei.
Meses depois eu ouvia das pessoas “nossa você emagreceu!”, “você está com uma cara ótima, malhando muito?” e eu dizia:
Meses depois eu ouvia das pessoas “nossa você emagreceu!”, “você está com uma cara ótima, malhando muito?” e eu dizia:
“Nada. Parei! Parei e emagreci!”
Claro, na verdade eu tinha é perdido toda aquela massa muscular que me deixava redonda, mas a calça jeans dizia: 10 kilos a menos.
Isso aconteceu no meu último ano de São Paulo. A transição foi árdua, eu me sentia atraída pela musculação, pois ali eu dominava o terreno. Detestava a idéia de fazer bíceps com 4 kilos, me sentia humilhada...
Conhece o “ou tudo, ou nada?”
Continuei na academia até vir embora pra roça.
Continuei na academia até vir embora pra roça.
Chegando aqui, o estímulo acabou por completo.
Uma coisa é você acordar e saber que vai para um lugar com milhares de opções, aparelhos novos, dependências modernas. Outra coisa, é ter que escolher entre 6 e meia dúzia, é saber que a melhor academia da cidade nem de longe pode querer ser chamada de “melhor” em alguma coisa.
Mas em nome da geração saúde, vamos lá... ÍSSA.....
Mas em nome da geração saúde, vamos lá... ÍSSA.....
Musculação nem pensar. Depois de esfriar o corpo de anos de peso, vejo as cicatrizes que ficaram. Ombro direito estropiado e cotovelo esquerdo sensível.
“Cotovelo??”
Sim, acredite ou não, lesionei o cotovelo de tanto carregar as “bolachas” pro leg press....
Mas o famoso e suado aeróbico ainda encaro.
Mas o famoso e suado aeróbico ainda encaro.
Pra quem ia de segunda a sábado, sem faltas, ouvir do atual instrutor:
“Ah, por isso que choveu hoje, você veio!!!” é no mínimo engraçado.
Outro dia passei em frente e me escondi, pois ele estava na porta... Coisa feia. Bad girl!
Costumo brincar, se o instrutor da academia daqui se encontrasse com os que me conheceram na metrópole, achariam que tenho múltipla personalidade....... Pessoas diferentes, no mínimo.
Mas sem remorsos.
Faço meu Yôga todos os dias, sou mais flexível e menos neura...
Continuo louca, desvairada, por que este post era pra ser sobre ooouuutra coisa, sobre um papo que ouvi no vestiário...
Continuo louca, desvairada, por que este post era pra ser sobre ooouuutra coisa, sobre um papo que ouvi no vestiário...
Mas enfim, continuo na parte 2....
Inté!!
Inté!!
quarta-feira, maio 16, 2007
Confissões de adolescente
Pois é, quando eu tinha meus 15 anos, fazia bicicleta e esteira na Cia Athlética em São Paulo enquanto assistia ao Disk MTV. E um dos vídeos que mais me marcaram foi esse, do George Michael, em que apareciam modelos lindas cantando a música...
"All we have to do now, is take these lies and make them true, somehow..."
E me imaginava sendo selecionada para cantar em uma versão brasileira do vídeo, ensaiava caras blasé enquanto cantava a música...
Ai, ai, eu poderia ter sido antecessora da Bündchen, que naquela época devia brincar de Barbie ainda...
Se ao menos Georgie tivesse me procurado.....
"All we have to see, is that I don´t belong to you, and you don´t belong to me, yeah, yeah..."
Inté!!!
"All we have to do now, is take these lies and make them true, somehow..."
E me imaginava sendo selecionada para cantar em uma versão brasileira do vídeo, ensaiava caras blasé enquanto cantava a música...
Ai, ai, eu poderia ter sido antecessora da Bündchen, que naquela época devia brincar de Barbie ainda...
Se ao menos Georgie tivesse me procurado.....
"All we have to see, is that I don´t belong to you, and you don´t belong to me, yeah, yeah..."
Inté!!!
terça-feira, maio 15, 2007
Criatividade brasileira
Assistindo a um vídeo no blog da Garota do Zippo entrei no site de um motorista de táxi de São Paulo, que me deixou de boca aberta.
Boca aberta com o potencial criativo de nosso povo, tão sofrido mas tão otimista.
Vale muito a pena dar uma zapeada pelo site, especialmente no link "Quem sou Eu"...
O cara não sabe, mas tem tudo pra ser blogueiro!
O que seria do Brasil se nossos representantes tivessem um pouco mais de espírito público? Quantas idéias e quanto potencial não poderiam ser aproveitados?
Mas não... A preocupação lá é "quem chamou quem de feia", "quem serve pra ser puta ou não" ou "o que eu ganho nisso?"
Mal sabem eles que "putas" são todos aqueles que lá estão e que se vendem em troca de propina.
"Putas" são aqueles que receberam votos de confiança do povo e deixam passar oportunidades de investir na educação de pessoas como o Jaílson.
Não, eles não são filhos delas....
São as próprias!
PS: Peço desculpas antecipadamente às possíveis profissionais do sexo que possam estar lendo este post. Sei que serem comparadas aos nossos políticos deve ser muito ofensivo, mas simplesmente segui a lógica do nosso nada ilustre deputado Clodovil.....
Encaminham reclamações a ele....
Mas enfim... O site do Jaílson vale a visita!
Boca aberta com o potencial criativo de nosso povo, tão sofrido mas tão otimista.
Vale muito a pena dar uma zapeada pelo site, especialmente no link "Quem sou Eu"...
O cara não sabe, mas tem tudo pra ser blogueiro!
O que seria do Brasil se nossos representantes tivessem um pouco mais de espírito público? Quantas idéias e quanto potencial não poderiam ser aproveitados?
Mas não... A preocupação lá é "quem chamou quem de feia", "quem serve pra ser puta ou não" ou "o que eu ganho nisso?"
Mal sabem eles que "putas" são todos aqueles que lá estão e que se vendem em troca de propina.
"Putas" são aqueles que receberam votos de confiança do povo e deixam passar oportunidades de investir na educação de pessoas como o Jaílson.
Não, eles não são filhos delas....
São as próprias!
PS: Peço desculpas antecipadamente às possíveis profissionais do sexo que possam estar lendo este post. Sei que serem comparadas aos nossos políticos deve ser muito ofensivo, mas simplesmente segui a lógica do nosso nada ilustre deputado Clodovil.....
Encaminham reclamações a ele....
Mas enfim... O site do Jaílson vale a visita!
sexta-feira, maio 11, 2007
Dia das Mães
Dia das mães temos que falar de dia das mães, não? Ou fala ou ouve na segunda feira:
"Faz tempo que eu não entro no seu blog, mas justamente hoje entrei.... Achei que você ia escrever sobre mim..."
Aí você é obrigada a voltar para a terapia para curar a culpa, e o pior: já nem é mais ela quem paga suas contas....
Mas falar da minha mãe é muito fácil... Ainda que jamais caberia em um post tudo que há para se contar sobre a D. Dora, dá para fazer um apanhado geral...
Minha mãe é uma gaúcha arretada (!!) que veio para São Paulo aos 17 anos. Nunca tinha visto um japonês, ou um negro na vida. Vivia na colônia italiana e saiu com a mala e a cuia (literalmente) para a cidade grande depois de perder o pai.
Cresceu na roça, mas sempre foi Urbana...... (daí meu sobrenome, claro...)
Tanto que as histórias que mais nos fazem rir quando vamos ao sul é sobre a relação dela com o trabalho no campo.
Minha tia avó conta que um belo dia, a Dorinha propôs à tia dividirem uma plantação de feijão. Como boa tia, ela aceitou. Saíram cedo (cedo na roça, lembrem-se, é coisa de 5 horas da manhã...) e começaram a trabalhar, enxada e sementes à mão.
Em 10 minutos, minha mãe se deitou em baixo de uma árvore e dormiu!
Ao som das reclamações da tia, a esperta fala:
"Espera um pouqinho, tia, eu só quero ver com quem eu sonho..."
E suas atitudes modernas também assustavam os outros, especialmente sogras em potencial... A mãe de um namorado vizinho dizia: (leia em sotaque italiano/gaúcho/colono)
"A Dora... A Dora num serve, a Dora usa saia curta e não trabaia na roça..."
Bom, serviu em São Paulo, claro!
Anos 60, festivais na TV Tupi, cabelos gigantes a maquiagem forte, "descendo a Rua Agusta a 120 por hora", e um belo dia ela conhece o português/carioca com que se casaria.
O casamento não deu lá muito certo, mas em nenhum outro (nem com o tal médico baianao, viu, mãe!!) ela poderia ter tido filhas tão maravilhosas como ela teve!
Foi uma mãe tão moderna quanto foi uma adolescente pária.
Levava-nos para cabular aula, tinha paciência de Jó para nos levar nas baladas e esperar 5 meninas num carro decidirem se queriam mesmo ficar no Aeroanta ou ir pra Up and Down e o melhor: tinha uma habilidade invejável para encobrir nossos namoros do pai ciumento que tivemos!
Um belo dia a vida lhe deu a chance de rejuvenecer.
Ela se separou e com 50 e poucos anos foi à luta, começou a trabalhar como corretora e a cada dia ela se liberta mais. Hoje, com 63, sai à noite, se diverte e trabalha como ninguém, para ganhar o dela no fim do mês.
No Natal passado, ganhamos um presente que nunca imaginávamos: uma tatuagem, com as iniciais dos nossos nomes.
Imaginem minha nonna, de 88 anos, vendo a filha aparecer de tatuagem!
"Bahhhhhrbaridade, tchê, que é isso???"
"Ih, nonna, a mãe tá virando garota, daqui há pouco ela aperece grávida!"
Só falta arranjar o namorado, que já foi carinhosamente apelidado por nós de "Bigode"!
E aí, mãe, cadê o Bigode?????
Feliz dia das mães, mamita!
Inté!!
"Faz tempo que eu não entro no seu blog, mas justamente hoje entrei.... Achei que você ia escrever sobre mim..."
Aí você é obrigada a voltar para a terapia para curar a culpa, e o pior: já nem é mais ela quem paga suas contas....
Mas falar da minha mãe é muito fácil... Ainda que jamais caberia em um post tudo que há para se contar sobre a D. Dora, dá para fazer um apanhado geral...
Minha mãe é uma gaúcha arretada (!!) que veio para São Paulo aos 17 anos. Nunca tinha visto um japonês, ou um negro na vida. Vivia na colônia italiana e saiu com a mala e a cuia (literalmente) para a cidade grande depois de perder o pai.
Cresceu na roça, mas sempre foi Urbana...... (daí meu sobrenome, claro...)
Tanto que as histórias que mais nos fazem rir quando vamos ao sul é sobre a relação dela com o trabalho no campo.
Minha tia avó conta que um belo dia, a Dorinha propôs à tia dividirem uma plantação de feijão. Como boa tia, ela aceitou. Saíram cedo (cedo na roça, lembrem-se, é coisa de 5 horas da manhã...) e começaram a trabalhar, enxada e sementes à mão.
Em 10 minutos, minha mãe se deitou em baixo de uma árvore e dormiu!
Ao som das reclamações da tia, a esperta fala:
"Espera um pouqinho, tia, eu só quero ver com quem eu sonho..."
E suas atitudes modernas também assustavam os outros, especialmente sogras em potencial... A mãe de um namorado vizinho dizia: (leia em sotaque italiano/gaúcho/colono)
"A Dora... A Dora num serve, a Dora usa saia curta e não trabaia na roça..."
Bom, serviu em São Paulo, claro!
Anos 60, festivais na TV Tupi, cabelos gigantes a maquiagem forte, "descendo a Rua Agusta a 120 por hora", e um belo dia ela conhece o português/carioca com que se casaria.
O casamento não deu lá muito certo, mas em nenhum outro (nem com o tal médico baianao, viu, mãe!!) ela poderia ter tido filhas tão maravilhosas como ela teve!
Foi uma mãe tão moderna quanto foi uma adolescente pária.
Levava-nos para cabular aula, tinha paciência de Jó para nos levar nas baladas e esperar 5 meninas num carro decidirem se queriam mesmo ficar no Aeroanta ou ir pra Up and Down e o melhor: tinha uma habilidade invejável para encobrir nossos namoros do pai ciumento que tivemos!
Um belo dia a vida lhe deu a chance de rejuvenecer.
Ela se separou e com 50 e poucos anos foi à luta, começou a trabalhar como corretora e a cada dia ela se liberta mais. Hoje, com 63, sai à noite, se diverte e trabalha como ninguém, para ganhar o dela no fim do mês.
No Natal passado, ganhamos um presente que nunca imaginávamos: uma tatuagem, com as iniciais dos nossos nomes.
Imaginem minha nonna, de 88 anos, vendo a filha aparecer de tatuagem!
"Bahhhhhrbaridade, tchê, que é isso???"
"Ih, nonna, a mãe tá virando garota, daqui há pouco ela aperece grávida!"
Só falta arranjar o namorado, que já foi carinhosamente apelidado por nós de "Bigode"!
E aí, mãe, cadê o Bigode?????
Feliz dia das mães, mamita!
Inté!!
Técnicas...
Eu sempre tive um estilo quando o assunto era estudar, principalmente no que se referia a monografias na faculdade. O professor passava os trabalhos no primeiro dia de aula e marcava a data de entrega: 10 de junho.
O povo saía correndo pra biblioteca, pegava a bibliografia toda, lia tudo e mais um pouco e eu ia direto pra lanchonete...
Lá pelo dia 20 de maio eu começava a ler a bibliografia, e no dia 7 de junho sentava pra escrever. Panela de pressão...
A data 10 de junho, 10 de junho ficava martelando na minha cabeça e eu, 10 de junho, 10 de junho, ficava até alta madrugada no computador.
Dia 10 de manhã imprimia o trabalho, aliviada, high de adrenalina, que me mantinha ainda no barato por uns 3 dias...
(anos depois meu terapeuta me diagnosticou como viciada em adrenalina, rsrs)
Aí você pode pensar "ah, aposto que ia super mal, escrevendo monografia em três dias..." e eu respondo "engano seu".
Minha média ponderada final da graduação foi 8,9, contando duas matérias que eu simplesmente larguei na época em que voava, e que acrescentaram dois terríveis 0 no meu histórico. "I kicked ass"... Viciada em adrenalina, panela de pressão...
Agora a história é outra. Escrever uma dissertação não comporta o esquema kamikase. Mas eu continuo querendo um estress básico para funcionar melhor. Pedia ao meu orientador que me desse prazos curtos, ele riu e me chamou de louca, neurótica...
Mas enfim, agora achei um jeito de me motivar:
O povo saía correndo pra biblioteca, pegava a bibliografia toda, lia tudo e mais um pouco e eu ia direto pra lanchonete...
Lá pelo dia 20 de maio eu começava a ler a bibliografia, e no dia 7 de junho sentava pra escrever. Panela de pressão...
A data 10 de junho, 10 de junho ficava martelando na minha cabeça e eu, 10 de junho, 10 de junho, ficava até alta madrugada no computador.
Dia 10 de manhã imprimia o trabalho, aliviada, high de adrenalina, que me mantinha ainda no barato por uns 3 dias...
(anos depois meu terapeuta me diagnosticou como viciada em adrenalina, rsrs)
Aí você pode pensar "ah, aposto que ia super mal, escrevendo monografia em três dias..." e eu respondo "engano seu".
Minha média ponderada final da graduação foi 8,9, contando duas matérias que eu simplesmente larguei na época em que voava, e que acrescentaram dois terríveis 0 no meu histórico. "I kicked ass"... Viciada em adrenalina, panela de pressão...
Agora a história é outra. Escrever uma dissertação não comporta o esquema kamikase. Mas eu continuo querendo um estress básico para funcionar melhor. Pedia ao meu orientador que me desse prazos curtos, ele riu e me chamou de louca, neurótica...
Mas enfim, agora achei um jeito de me motivar:
Isso é a porta do meu armário, que fica ao lado do computador. Vários post its com citações, datas e mensagens de apoio (de mim para mim, claro...) agora me lembrarão que preciso sentar e trabalhar... Motivação maior, claro, é o post it a seguir:
E por falar nisso, deixa eu ir que post de blog não entra no currículo lattes, rsrsrs
Inté!!
quarta-feira, maio 09, 2007
Minorias
Eu nunca soube bem o que era fazer parte de uma minoria...
Sou branca, filha de português e neta de italiana e tenho um protótipo físico tipicamente brasileiro, ou seja, sempre me encaixei bem na multidão.
A única situação que mudava um pouco isso eram os jantares com a família do meu marido em véspera de eleição:
-Como assim, você NÃO vai votar no AFIF??????????????
-Ah, não... Não me diga que você vai votar no SUPL....
Pronto, excomungada, pária, marginalizada!!! Como OUSO votar no disléxico, mala sem alça, que canta Dust in the Wind e Racionais MC no palanque???? Como ouso??????
Mas enfim, além disso, eu sempre fui parte da grande maioria brasileira, até esta semana...
Me senti profundamente particularizada, excluída, fora da egrégora nacional ao ler a manchete da folha:
-97% dos brasileiros acreditam em Deus.
(o deus religioso, acrescento)
97%???? Quer dizer que 97% acordaram hoje pulando de alegria, neste dia nublado, por saber que Seu representante-mor, o chefe da organização, o CO da empresa vai chegar???
E o resto dos 3%? Que vamos fazer hoje?
Acho melhor voltar pra cama...
Inté!!!
Sou branca, filha de português e neta de italiana e tenho um protótipo físico tipicamente brasileiro, ou seja, sempre me encaixei bem na multidão.
A única situação que mudava um pouco isso eram os jantares com a família do meu marido em véspera de eleição:
-Como assim, você NÃO vai votar no AFIF??????????????
-Ah, não... Não me diga que você vai votar no SUPL....
Pronto, excomungada, pária, marginalizada!!! Como OUSO votar no disléxico, mala sem alça, que canta Dust in the Wind e Racionais MC no palanque???? Como ouso??????
Mas enfim, além disso, eu sempre fui parte da grande maioria brasileira, até esta semana...
Me senti profundamente particularizada, excluída, fora da egrégora nacional ao ler a manchete da folha:
-97% dos brasileiros acreditam em Deus.
(o deus religioso, acrescento)
97%???? Quer dizer que 97% acordaram hoje pulando de alegria, neste dia nublado, por saber que Seu representante-mor, o chefe da organização, o CO da empresa vai chegar???
E o resto dos 3%? Que vamos fazer hoje?
Acho melhor voltar pra cama...
Inté!!!
segunda-feira, maio 07, 2007
Auto referência
Acho que uma das nossas maiores buscas é a da auto estima...
Importantíssimo se gostar, se colocar como prioridade, etc.
Depois de alguns anos de terapia e de alguns relacionamentos bomba neste quesito aprendi que eu venho em primeiro lugar, e que me adoro como sou.
Maravilha...
O perigo é quando se ultrapassa o limite e se atravessa para o lado da magalomania. Aí o bicho pega.
O megalômano pode ser apenas um grande babaca que se acha mais que o resto do mundo, mas é tão ridículo nesta crença que acaba passando por patético.
Entretanto, há uns tipos mais perigosos, que ofendem os que estão em volta, que se acham capazes de tudo e se sentem imunes a qualquer cobrança e punição. É o tipo de pessoa que não tem nenhuma consideração pelo próximo, e acredita piamente que "o mundo tem que agradecer a sorte de me ter ao lado"
Não deixa de ser babaca, mas bem menos suportável...
Ainda assim, o primeiro tipo às vezes chega a ser divertido. E qual o espaço mais propício para ele se vangloriar dele mesmo?
A internet, claro!
O orkut, em especial....
De vez em quando recebeo convites assim:
"Entre na minha comunidade, 'Eu AMOOOOOOOO o Zézinho!'. Entrem, por favor!!"
Aí você pensa:
"Bom, alguém ama tanto o Zézinho a ponto de criar uma comunidade pra ele."
Vai até a página e lê o nome do criador da comunidade:
ZÉZINHO!
Faltou o sobrenome: Zézinho Auto-referente da Silva.
Hoje dei risada ao ver uma assim. O sujeito entrou no meu perfil, vi um nome desconhecido na lista de visitantes e fui conferir quem era.
O fulano é sozinho na página, não tem amigos no orkut e é membro de duas comunidades:
"Discografia - 36.749 membros"
"Adriano, o Bom- 1 membro"
Não pude deixar de rir, claro, mas ao mesmo tempo, não pude deixar de admirar a coragem dele. Afinal, não precisa de ninguém dizendo a ele que ele é O BOM, ele mesmo diz. Aposto que de manhã ele beija os bíceps, e diz pro espelho: "Bom dia Apolo!!!"
Como diz minha mãe, "ele mesmo acende a vela e canta parabéns!"
Inté!!
Importantíssimo se gostar, se colocar como prioridade, etc.
Depois de alguns anos de terapia e de alguns relacionamentos bomba neste quesito aprendi que eu venho em primeiro lugar, e que me adoro como sou.
Maravilha...
O perigo é quando se ultrapassa o limite e se atravessa para o lado da magalomania. Aí o bicho pega.
O megalômano pode ser apenas um grande babaca que se acha mais que o resto do mundo, mas é tão ridículo nesta crença que acaba passando por patético.
Entretanto, há uns tipos mais perigosos, que ofendem os que estão em volta, que se acham capazes de tudo e se sentem imunes a qualquer cobrança e punição. É o tipo de pessoa que não tem nenhuma consideração pelo próximo, e acredita piamente que "o mundo tem que agradecer a sorte de me ter ao lado"
Não deixa de ser babaca, mas bem menos suportável...
Ainda assim, o primeiro tipo às vezes chega a ser divertido. E qual o espaço mais propício para ele se vangloriar dele mesmo?
A internet, claro!
O orkut, em especial....
De vez em quando recebeo convites assim:
"Entre na minha comunidade, 'Eu AMOOOOOOOO o Zézinho!'. Entrem, por favor!!"
Aí você pensa:
"Bom, alguém ama tanto o Zézinho a ponto de criar uma comunidade pra ele."
Vai até a página e lê o nome do criador da comunidade:
ZÉZINHO!
Faltou o sobrenome: Zézinho Auto-referente da Silva.
Hoje dei risada ao ver uma assim. O sujeito entrou no meu perfil, vi um nome desconhecido na lista de visitantes e fui conferir quem era.
O fulano é sozinho na página, não tem amigos no orkut e é membro de duas comunidades:
"Discografia - 36.749 membros"
"Adriano, o Bom- 1 membro"
Não pude deixar de rir, claro, mas ao mesmo tempo, não pude deixar de admirar a coragem dele. Afinal, não precisa de ninguém dizendo a ele que ele é O BOM, ele mesmo diz. Aposto que de manhã ele beija os bíceps, e diz pro espelho: "Bom dia Apolo!!!"
Como diz minha mãe, "ele mesmo acende a vela e canta parabéns!"
Inté!!
sexta-feira, maio 04, 2007
A prova do Orkut Vivo....
Além da honra da visita da minha chefe ao blog, ela também me proporcionou uma prova do que digo aqui há meses.... Na roça, todo mundo conhece todo mundo.
Imagina você, leitor que vive em São Paulo, ou no Rio... Lisboa e Natal...
Alguém te fala:
"Um dos participantes do O Aprendiz é de São Paulo!!!!!"
Você JAMAIS iria perguntar
"Ah, é??? De São Paulo??? Quem???"
Afinal de contas, a chance de você conhecer o ser humano é 1 em 8 milhões, não é?
Pois aqui é diferente... Ainda mais para quem nasceu e cresceu na cidade...
A prova está abaixo:
Anônimo disse...
Tati, quem é a grande figura que vai representar Itatiba? Conta o milagre e não conta o santo.
Maria Inês
4:59 PM, Maio 04, 2007
Maria Inês, o nome do Itatibense é Fernando Pacheco, 41 anos.
Conhece?
rsrsrs
Bom fim de semana
Inté!!
Imagina você, leitor que vive em São Paulo, ou no Rio... Lisboa e Natal...
Alguém te fala:
"Um dos participantes do O Aprendiz é de São Paulo!!!!!"
Você JAMAIS iria perguntar
"Ah, é??? De São Paulo??? Quem???"
Afinal de contas, a chance de você conhecer o ser humano é 1 em 8 milhões, não é?
Pois aqui é diferente... Ainda mais para quem nasceu e cresceu na cidade...
A prova está abaixo:
Anônimo disse...
Tati, quem é a grande figura que vai representar Itatiba? Conta o milagre e não conta o santo.
Maria Inês
4:59 PM, Maio 04, 2007
Maria Inês, o nome do Itatibense é Fernando Pacheco, 41 anos.
Conhece?
rsrsrs
Bom fim de semana
Inté!!
quinta-feira, maio 03, 2007
Dia 3 de Maio. Pérolas da mídia...
Ler jornal tem sido, utlimamente, de dar dor no estômago. Literalmente.
Já cheguei a ficar enjoada ao ler a parte de política da Folha.
Mas hoje foi diferente...
Pelo menos dei algumas risadas...
1a pérola:
Ronnie Von é psicodélico!!!!
Sim, preparem-se, Ronnie Von foi redescoberto por um grupo de músicos jovens que resolveram nos dizer que o Galã da anti- Jovem Guarda agora é "in"... A gravadora relançou 3, (isso mesmo TRÊS) discos dele em CD. "O Príncipe" foi coroado, é o novo ídolo de nossa pobre juventude sem ideais......
2a pérola:
Quem sofre de enxaqueca desacelera perda congitiva após os 50 anos.
Ôba, já posso perder tardes de sol feliz da vida, presa em um quarto escuro, com ânsias de vômito infernais, enquanto os outros curtem a bela piscina. Afinal de contas, quando eu tiver 50, eu poderei voltar para a faculdade, aprender Mandarin ou, quem sabe, Física Quântica, enquanto aqueles que curtiram a vida sem enxaqueca estarão sofrendo de uma ligeira perda de inteligência..... Mas ainda, sem enxaqueca...
3a pérola:
Minha roça não é tão roça assim!!!!
Não, isso não foi manchete, não com essas palavras.
Vi a foto do topete do Justus, rodeado por 14 novos Aprendizes e não resisti a ler os nomes dos futuros Pagadores de Mico em Rede Nacional. Sempre acho que vou reconhecer algum ex-colega de escola, ali, pronto para ser o próximo sócio (sim, nesta edição o vencedor será sócio) do Injustus. Qual não foi minha surpresa quando vi que um deles é de............. ROÇA!!!!
Daqui, da minha mísera nova cidade, onde se fala porrrrta e leittte quenttte!!!!!
Onde meu nome não é "Tatchiana", mas "Tatttiana"!!!!!
Viu só???
Chique no úrrrtttimo!!!!
Inté!!!
Já cheguei a ficar enjoada ao ler a parte de política da Folha.
Mas hoje foi diferente...
Pelo menos dei algumas risadas...
1a pérola:
Ronnie Von é psicodélico!!!!
Sim, preparem-se, Ronnie Von foi redescoberto por um grupo de músicos jovens que resolveram nos dizer que o Galã da anti- Jovem Guarda agora é "in"... A gravadora relançou 3, (isso mesmo TRÊS) discos dele em CD. "O Príncipe" foi coroado, é o novo ídolo de nossa pobre juventude sem ideais......
2a pérola:
Quem sofre de enxaqueca desacelera perda congitiva após os 50 anos.
Ôba, já posso perder tardes de sol feliz da vida, presa em um quarto escuro, com ânsias de vômito infernais, enquanto os outros curtem a bela piscina. Afinal de contas, quando eu tiver 50, eu poderei voltar para a faculdade, aprender Mandarin ou, quem sabe, Física Quântica, enquanto aqueles que curtiram a vida sem enxaqueca estarão sofrendo de uma ligeira perda de inteligência..... Mas ainda, sem enxaqueca...
3a pérola:
Minha roça não é tão roça assim!!!!
Não, isso não foi manchete, não com essas palavras.
Vi a foto do topete do Justus, rodeado por 14 novos Aprendizes e não resisti a ler os nomes dos futuros Pagadores de Mico em Rede Nacional. Sempre acho que vou reconhecer algum ex-colega de escola, ali, pronto para ser o próximo sócio (sim, nesta edição o vencedor será sócio) do Injustus. Qual não foi minha surpresa quando vi que um deles é de............. ROÇA!!!!
Daqui, da minha mísera nova cidade, onde se fala porrrrta e leittte quenttte!!!!!
Onde meu nome não é "Tatchiana", mas "Tatttiana"!!!!!
Viu só???
Chique no úrrrtttimo!!!!
Inté!!!
quarta-feira, maio 02, 2007
Testosterona! Vai entender...
Existem alguns enigmas masculinos que nós jamais entenderemos... Por mais que tentemos acompanhar é praticamente impossível adentrar o mundo da testosterona, portanto, é melhor deixar de lado...
Um desses mistérios é a tríade: sofá-televisão-futebol.
Ou melhor, na família masculina do meu marido (três irmãos mais pai), a tríade sofá-televisão-esporte.
Qualquer um.
Semifinal do aberto de xadrez.
Campeonato de pebolim.
Copa de peteca russa.
Aberto de pogobol.
Lá estão os quatro sentados, em pleno dia de sol, torcendo com toda adrenalina que possuem.
Esse feriado foi bem assim.
Eles passavam bastante tempo todo com os cachorros, andando pelo sítio, preparando comida, ok... Mas de repente, cadê os quatro?
Um segundo depois da sua pergunta você ouve um
-Chuuuuupppaaaaa desgraçado!
e já sabe que alguém está jogando alguma coisa.
-Ué, o Palmeiras está jogando às 10 da manhã?
-Não, é a final de matemática aplicada na Ucrânia, parece que o tal desgraçado que precisa chupar alguma coisa é o Vladimir Valíschnikóv Stiepánovich!
-Ah....
Dia seguinte passa a reprise da tal final de matemática aplicada e......
-Chuuuuupppppaaaa desgraçado!
-O que está passando agora? É o jogo de pedrinha no rio???????
-Quem dera... é a reprise da matemática aplicada....
Mas o pior não é isso.
Acabada a maratona esportiva na telinha, eles voltam às atividades normais. Saem pra jogar um tênis, um frescobol, fazer uma prática de Yôga, dão banho nos cachorros...
E vêem as quatro mulheres aproveitando a sua vez de usar a TV. Filminho, GNT, qualquer coisa.
Chegam com a pinta de maiores atletas do mundo e jogam com enrome sarcasmo:
-Nossa desse jeito vou ter que contratar um personal trainner pra vocês!!!!!! Estão doentes????? Olha o sol lá fora!!!!!
Ah, fala sério, né??????????
Vai contratar sim, eu vou chamar logo é o Figo pra nos dar personal trainning.... Bem na hora do Circuito de Lebres em Interlagos! E mandar a conta pra vocês.....
Homens.... Humpf!!!
Dedicado à Carmem, Marília e Carol.
Inté!!
Um desses mistérios é a tríade: sofá-televisão-futebol.
Ou melhor, na família masculina do meu marido (três irmãos mais pai), a tríade sofá-televisão-esporte.
Qualquer um.
Semifinal do aberto de xadrez.
Campeonato de pebolim.
Copa de peteca russa.
Aberto de pogobol.
Lá estão os quatro sentados, em pleno dia de sol, torcendo com toda adrenalina que possuem.
Esse feriado foi bem assim.
Eles passavam bastante tempo todo com os cachorros, andando pelo sítio, preparando comida, ok... Mas de repente, cadê os quatro?
Um segundo depois da sua pergunta você ouve um
-Chuuuuupppaaaaa desgraçado!
e já sabe que alguém está jogando alguma coisa.
-Ué, o Palmeiras está jogando às 10 da manhã?
-Não, é a final de matemática aplicada na Ucrânia, parece que o tal desgraçado que precisa chupar alguma coisa é o Vladimir Valíschnikóv Stiepánovich!
-Ah....
Dia seguinte passa a reprise da tal final de matemática aplicada e......
-Chuuuuupppppaaaa desgraçado!
-O que está passando agora? É o jogo de pedrinha no rio???????
-Quem dera... é a reprise da matemática aplicada....
Mas o pior não é isso.
Acabada a maratona esportiva na telinha, eles voltam às atividades normais. Saem pra jogar um tênis, um frescobol, fazer uma prática de Yôga, dão banho nos cachorros...
E vêem as quatro mulheres aproveitando a sua vez de usar a TV. Filminho, GNT, qualquer coisa.
Chegam com a pinta de maiores atletas do mundo e jogam com enrome sarcasmo:
-Nossa desse jeito vou ter que contratar um personal trainner pra vocês!!!!!! Estão doentes????? Olha o sol lá fora!!!!!
Ah, fala sério, né??????????
Vai contratar sim, eu vou chamar logo é o Figo pra nos dar personal trainning.... Bem na hora do Circuito de Lebres em Interlagos! E mandar a conta pra vocês.....
Homens.... Humpf!!!
Dedicado à Carmem, Marília e Carol.
Inté!!
Assinar:
Postagens (Atom)