segunda-feira, outubro 16, 2006

Till death do us part


Hoje é impossível a Jeca não fazer um balanço... dois anos de fase nova, dois anos de casada...
Tanta coisa pra falar, pra refletir, pra traçar pro futuro...
Mas o primeiro que vem à mente é... claro, a festa...

Não acho que haja outro dia para a mulher em que ela seja mais estrela do que quando ela é noiva... (claro, a não ser que ela resolva brincar de cachorrinho enroscado na praia em Cadiz, mas isso não é pra qualquer jeca...) Mesmo no dia em que ela é mãe, pois aí quem brilha é a cria...

Mas enfim... Esse dia foi absolutamente especial... Sol de lascar, fotógrafo te perseguindo, noivo suando de nervoso e você ali, radiante, sem conseguir nem comer de tão eufórica...

Seus melhores amigos todos juntos já valiam uma ocasião memorável em si, mas celebrando um ritual, então... nem se fale...

Nossa festa foi incrível... Tudo deu certo, as pessoas se divertiram horrores, o lugar era mágico e a comida deliciosa... (pelo que disseram, pois a jeca nem sentar sentou...) E sim, foi bem diferente do normal....

A começar pelo que vocês, leitores vêem na foto... O vestido da jeca era vermelho... Cansei do branco, cansei da normalidade... E ainda mais pesquisando, descobri que o branco começou a ser usado pelas novas burguesas vitorianas, que queriam provar que tinham grana suficiente para pagar um vestido a ser usado uma única vez... E que a noiva medieval usava vermelho mesmo, pois é a cor do sangue novo da família que se forma ali... Além de ser a cor do amor e... além de eu definitivamente ficar mais bonita de vermelho do que de branco, claro...

Depois disso o convidado esperava a valsa dos noivos, claro... Mas como o senhor meu noivo não é pé de valsa e sim pé de serra, dançamos um animado forró... Foi delicioso ouvir os "oh!" dos amigos, que não sabiam de nada... E todos vieram dançar felizes da vida, afinal, forró é forró...

E o tempo passou muito rápido, não acreditei que as pessoas estavam indo embora, achava que ainda eram 9 da noite, e já eram quase 4....

Enfim... Inesquecível... Seguida de uma lua de mel espanhola (sem paradas em Cádiz, viu?) e de um início de vida interiorana...

Aí, sim, começou a realidade... A Tatiana virou Jeca, muitas lágrimas de desespero, unidas ao inferno astral do coelho chinês e a uma vassoura..... A família vinha com aquele sorriso malicioso perguntar "como vai a vida de casada?", esperando uma reposta do tipo:

"Maravilhosa, coelhinhos tarados em lua de mel..."

e se deparava com uma cara de

"é... indo".....

Mas o ano do dragão passou, 2005 foi embora, e eu me vesti novamente de rosa na virada, chamando boas energias astrais para meu segundo ano de casada... E deu certo... passou o inferno astral, meu marido respirou aliviado e seguiu ao meu lado, firme e forte... Afinal, se ele me aguentou daquele jeito no primeiro ano, nada mais nos abala....

E a Jeca começa a caminhar mais segura neste desafio que é a vida a dois... Mais confiante que as coisas darão certo e que no fim das contas, estamos na Terra pra ser felizes, não?

Till death do us part? Não sei, mas que seja infinito enquanto dure...

Inté!!

3 comentários:

Anônimo disse...

sem comentarios

Tati disse...

não sei por que, mas adorei seu "Sem comentários..." me diz muito sobre você.....

Roberta disse...

Bela foto, lindo vestido! Qd chegar a minha vez (daqui a um bom tempo!) tb não vou escolher o branco, nem igreja pra falar a verdade. Sou muito clara e branco realmente não valorizaria tanto, rs.
Tenho tb o exemplo em casa: minha mãe se casou de rosa, com um vestido bem anos 70 que o meu pai fez para ela! (ele era estilista ;) )
E que meu casamento talvez não seja eterno, posto que é chama, mas, como vc disse, que seja infinito enquanto dure.
bjs