Ontem foi o fim de um dos melhores shows de comédia que vi nos últimos tempos... Não, não foi o Seinfeld, esse teve seu fim há alguns anos... Foi o cômico Horário Eleitoral... Foi divertido, foi vazio, quase niilista... Acabou...
Quando eu era pequena, lembro que sofria muito durante a campanha na TV, pois não tínhamos tv paga... O último dia do horário gratuito era quase uma festa, nos sentávamos na frente da TV para presenciar o último dia, finalmente estávamos livres daquelas caras sem sentido, flashes um seguido do outro, sem dizer nada de significativo...
Ontem assisti com o mesmo senso de ritual ao debate, que pôs fim ao programa na tv. Não foi tão engraçado quanto o que vimos nas últimas semanas, na verdade foi até interessante, ouvir políticos efetivamente falando de propostas... Um pouco estranho, mas interessante... Fiquei pensando, se ao invés de eternos flashes de pessoas aleatórias gritando seus números (tem um que ficava falando o tempo todo "Samuel Silva, Samuel Silva, Samuel Silva. Samuel Silva, Samuel Silva, Samuel Silva"... pamonha, pamonha, pamonha...) nós tivessemos debates constantes, diários, na TV, quem sabe aprenderíamos a votar melhor...
Mas enfim, além da pérola helenística:
"Eles devem explicar a origem dos dólares na peça íntima do vestuário masculino"
nada foi exatamente material para a Jeca ... Muitos sorrisos, virtuais tapinhas nas costas e um Alckmin sambando por dentro, comemorando a ausência da "magestade barbuda e sua gangue de generais!"
Mas fiquei pensando nos finais... Fim... Tudo que possui um fim delimitado se torna algo ritualístico...
Pensa em fim de namoro... Eu passei alguns BEM ritualísticos, com direito a muito choro, ombro de irmã e de amiga, e um fechamento em alguma balada escura. Eu até desenvolvi algumas cerimônias para este fim: Um belo corte de cabelo e uma caça noturna a algum ser masculino que vai fazer sua passagem do "beijando a mesma boca por três anos" para "Tô de volta!". Faz um efeito...... Se você nem perguntar o nome desse pagé melhor ainda, o desapego é maior e você fica pronta pra vida de solteira!!
Outro fim que me toca muito é fim de livro... Quanto melhor o livro mais eu sofro seu fim. Finalizar um Garcia Marques, um Kundera e um Dostoiévski quase me força a um ritual complexo, com direito a choro e uma noite de insônia... Aí você supera, agarra outro, e começa tudo de novo...
E fim de festa?? Fiquei pensando por que muita gente fala que fim de festa é igual a fim de feira... Fim de feira é aquela zona, os melhores tomates já foram levados pra casa, as melhores maçãs estão prontinhas para serem devoradas, em casa...
Aí vem aquele ser que deixou pra fazer a feira na última hora, ou aquele que pechinchou as melhores frutas e não conseguiu nada. Só sobrou um tomate meio enrugadinho, meio troncho... Umas manchinas na pele... Uma maçã sem graça, sem cor, sem o cabinho em cima... Cara de sem gosto... Mas é fim de feira, é o que tem, e o cara tá com fome, tem que ser essa mesmo...
Por que será que fazem a relação festa/ feira?.... Não sei, sempre fui maçã boa, hehehe
E há inúmeros outros finais ritualísticos, fim de ano, final de Copa do Mundo, fim de semana, fim do expediente, etc, etc...
E fim de post!
Inté!
sexta-feira, setembro 29, 2006
quinta-feira, setembro 28, 2006
"No meu governo..."
Há umas duas semanas a musiquinha irritante do caminhão de gás foi substituida por um carro de som de um nobre candidato a deputado estadual... Nada de mais, se ele não tivesse um nome absolutamente curioso: Chinelo.....
É, Chinelo, só isso... Não é o Zé do Chinelo, nem Dr. Chinelo, é única e exclusivamente Chinelo...
A musiquinha faz uma rima sórdida entre o nome da cidade e o número do tal candidato, que não vou reproduzir aqui para não correr o risco de ser processada por campanha ilegal, e quem sabe no futuro levar uma chinelada na nuca, mas fiquei pensando o que se passa na cabeça (enorme e careca, por sinal... com um bigode supra sumo e uma certa dificuldade em se achar algo possivelmente chamado pescoço) de um ser que se apresenta como representante popular com tal nome... O que será que ele propõe no seu tempo de Assembléia???
-Nada mais de crianças descalças, Chinelo nelas!!!
-Cansado de trabalhar de terno, gravata e sapato italiano??? Vote Chinelo!!
-Quem disse que só carioca sabe curtir a vida??? Chinelo na Assembléia e praia no Tietê...
Além disso, o tal apelido deve dizer muito sobre ele, não? Se fosse como propus acima, o Zé do Chinelo, eu poderia até pensar que ele ficou conhecido como dono de uma loja de Havaianas, tudo bem... O Dr. Chinelo poderia ser um renomado podólogo na cidade, mas apenas Chinelo???
Fico imaginando o tal apescoçado, plena quinta feira à tarde no boteco, bermudão, aquela barriga que mais parece nariz de bruxa (caindo pra baixo), dedo no "imbigo" e chinelão... Os amigos passam, em direção ao trabalho e, invejosos, gritam,
-Aê, "forgado", hein? Quinta feira e já de chinelo!!!
Ou então a Sra. Chinelo, chegando do trabalho, (não vou nem dizer que ela pegou três conduções, tá? lembrem-se de onde eu moro...), cansada, carregada de sacolas e encontrando o marido que Deus lhe deu sentado no muro da frente, mesmo figurino, balançado o pés descalços, com o par de chinelo no chão da calçada...
-"Maravia", hein, seu encosto, eu ralando o dia todo e você aí, todo prosa, o dia todo de chinelo!!!!
E a cena que se segue dura segundos, ele pula pro lado de dentro do quintal, amedrontado pela cara de fúria da esposa, ela pega um dos chinelos e tenta alvejá-lo, erra, pega o outro e aos berros acerta a porta já fechada.....
Os vizinhos todos já na rua, comentam a surra que ele quase levou... de chinelo.......
É, pensando bem, não é de se espantar que ele faça parte do seleto grupo de deputados que nos representam... Quem sabe, se chegarmos de supresa a uma sessão na Assembléia, não encontremos também um número deles, sentados nas mesas, com seus chiques chinelos no chão talvez até jogando truco......
e Chinelo neles!!!!!!
Inté!
É, Chinelo, só isso... Não é o Zé do Chinelo, nem Dr. Chinelo, é única e exclusivamente Chinelo...
A musiquinha faz uma rima sórdida entre o nome da cidade e o número do tal candidato, que não vou reproduzir aqui para não correr o risco de ser processada por campanha ilegal, e quem sabe no futuro levar uma chinelada na nuca, mas fiquei pensando o que se passa na cabeça (enorme e careca, por sinal... com um bigode supra sumo e uma certa dificuldade em se achar algo possivelmente chamado pescoço) de um ser que se apresenta como representante popular com tal nome... O que será que ele propõe no seu tempo de Assembléia???
-Nada mais de crianças descalças, Chinelo nelas!!!
-Cansado de trabalhar de terno, gravata e sapato italiano??? Vote Chinelo!!
-Quem disse que só carioca sabe curtir a vida??? Chinelo na Assembléia e praia no Tietê...
Além disso, o tal apelido deve dizer muito sobre ele, não? Se fosse como propus acima, o Zé do Chinelo, eu poderia até pensar que ele ficou conhecido como dono de uma loja de Havaianas, tudo bem... O Dr. Chinelo poderia ser um renomado podólogo na cidade, mas apenas Chinelo???
Fico imaginando o tal apescoçado, plena quinta feira à tarde no boteco, bermudão, aquela barriga que mais parece nariz de bruxa (caindo pra baixo), dedo no "imbigo" e chinelão... Os amigos passam, em direção ao trabalho e, invejosos, gritam,
-Aê, "forgado", hein? Quinta feira e já de chinelo!!!
Ou então a Sra. Chinelo, chegando do trabalho, (não vou nem dizer que ela pegou três conduções, tá? lembrem-se de onde eu moro...), cansada, carregada de sacolas e encontrando o marido que Deus lhe deu sentado no muro da frente, mesmo figurino, balançado o pés descalços, com o par de chinelo no chão da calçada...
-"Maravia", hein, seu encosto, eu ralando o dia todo e você aí, todo prosa, o dia todo de chinelo!!!!
E a cena que se segue dura segundos, ele pula pro lado de dentro do quintal, amedrontado pela cara de fúria da esposa, ela pega um dos chinelos e tenta alvejá-lo, erra, pega o outro e aos berros acerta a porta já fechada.....
Os vizinhos todos já na rua, comentam a surra que ele quase levou... de chinelo.......
É, pensando bem, não é de se espantar que ele faça parte do seleto grupo de deputados que nos representam... Quem sabe, se chegarmos de supresa a uma sessão na Assembléia, não encontremos também um número deles, sentados nas mesas, com seus chiques chinelos no chão talvez até jogando truco......
e Chinelo neles!!!!!!
Inté!
terça-feira, setembro 26, 2006
Megalomania...
Frase de Oliver Stone, hoje na Folha, em resposta à pergunta "você acha que o mundo ficou pior depois do 11/9?"
"Ficou muito pior, não tenho a menor dúvida. Mais guerras, mais medo, mais mortes e, o que mais me irrita, o fracasso da Constituição americana."
Vou frisar o que achei interessante, tá?
"Ficou muito pior, não tenho a menor dúvida. Mais guerras, mais medo, mais mortes e, o que mais me irrita, o fracasso da Constituição americana."
gente, fala sério!!! Só essa frase dava uma tese de doutorado em Análise do Discurso, outra em Sociologia e outra em Estudos Comparados de Megalomania.....
É algo como "não, realmente, muitas guerras, realmente, muita gente morrendo... muito triste... mas o que realmente importa, mais do que as crianças iraquianas que ficam mutiladas, mais do que os próprios soldados americanos que deixam suas mulheres viúvas, o que realmente importa é que a constituição americana fracassou!... putz, isso sim é triste... tipo assim, tô arrasado...."
HELLO-OW!!!!!!
filhão, acorda, que mané constituição americana!
O que diria um brasileiro, algo que mostre bem nossa cultura, aliás, bem contrária ao americano! (eles só olham o próprio umbigo e nós... também... quanto mais americanizado melhor, blargh!!)
Seria algo mais ou menos assim:
"Olha, eu fico chocada, eu vejo gente morrendo de fome, preso perigoso saindo pra visitar a mãe que já morreu em dia de indulto, políticos roubando de dentro da minha carteira diretamente, mas o que mais me deixa enojada, o que mais me irrita, o que mais me tira o sono, o que me leva semanalmente para a terapia, é ver a Cicarelli dando em Cadiz enquanto eu tenho que dar por aqui mesmo..."
...
Inté!
"Ficou muito pior, não tenho a menor dúvida. Mais guerras, mais medo, mais mortes e, o que mais me irrita, o fracasso da Constituição americana."
Vou frisar o que achei interessante, tá?
"Ficou muito pior, não tenho a menor dúvida. Mais guerras, mais medo, mais mortes e, o que mais me irrita, o fracasso da Constituição americana."
gente, fala sério!!! Só essa frase dava uma tese de doutorado em Análise do Discurso, outra em Sociologia e outra em Estudos Comparados de Megalomania.....
É algo como "não, realmente, muitas guerras, realmente, muita gente morrendo... muito triste... mas o que realmente importa, mais do que as crianças iraquianas que ficam mutiladas, mais do que os próprios soldados americanos que deixam suas mulheres viúvas, o que realmente importa é que a constituição americana fracassou!... putz, isso sim é triste... tipo assim, tô arrasado...."
HELLO-OW!!!!!!
filhão, acorda, que mané constituição americana!
O que diria um brasileiro, algo que mostre bem nossa cultura, aliás, bem contrária ao americano! (eles só olham o próprio umbigo e nós... também... quanto mais americanizado melhor, blargh!!)
Seria algo mais ou menos assim:
"Olha, eu fico chocada, eu vejo gente morrendo de fome, preso perigoso saindo pra visitar a mãe que já morreu em dia de indulto, políticos roubando de dentro da minha carteira diretamente, mas o que mais me deixa enojada, o que mais me irrita, o que mais me tira o sono, o que me leva semanalmente para a terapia, é ver a Cicarelli dando em Cadiz enquanto eu tenho que dar por aqui mesmo..."
...
Inté!
segunda-feira, setembro 25, 2006
Psiu!...
Psiu!...
fala baixo...... são 21hs30 e a cidade está toda vazia, dormindo... dormitando... roncando...
Psiu!......
Olha pra fora e vê o céu bem cheio de estrelas, vê a linha do fim da cidade, escura.... vazia...
Psiu!.... não faz barulho não, a cidade está quietinha, fechada para descanço.... ouve o grilo... ouviu? ouviu?... só ele está acordado... só ouço o grilo, e o barulho das teclas...
Psiu!... acho bom eu parar, se não a cidade acorda...
boa noite
Inté!
fala baixo...... são 21hs30 e a cidade está toda vazia, dormindo... dormitando... roncando...
Psiu!......
Olha pra fora e vê o céu bem cheio de estrelas, vê a linha do fim da cidade, escura.... vazia...
Psiu!.... não faz barulho não, a cidade está quietinha, fechada para descanço.... ouve o grilo... ouviu? ouviu?... só ele está acordado... só ouço o grilo, e o barulho das teclas...
Psiu!... acho bom eu parar, se não a cidade acorda...
boa noite
Inté!
Jeca Spa...
Toda mulher sabe a importância das nossas auxiliares da beleza... cabeleireira, manicure e depiladora formam a equipe básica, o kit fundamental para qualquer mulher minimamente vaidosa... Não precisa ser top de linha não, tem que combinar com você...
-Não pode cortar seu cabelo e te fazer chorar que nem criancinha naquelas cadeiras de carrinho...
-Não pode tirar bifes dos seus dedos, nem deixar o esmalte cheio de bolinhas
-E finalmente, não pode te torturar na maca de depilação, puxando "d e v a g a r i n h o.....", quase pelo por pelo, enquanto você segura a respiração e ganha rugas de expressão para não gritar de dor no salão.... (rima péssima...) Pega mal... (essas demônias não devem depilar, né? São as depiladoras do mal, aposto que usam gilette...)
Mas o mais importante, TÊM QUE SER RÁPIDAS...
Na minha concepção de boa manicure, unha bem feita e no máximo 30 minutos de cadeira é ponto positivo.....
Depiladora ganha um adicional, quero levantar cheia de talco quando o timer gritar 40 minutos, mais que isso eu me depilo sozinha....
Afinal, somos mulheres ocupadas, se não com afazeres, com a hábil tarefa de escapar do trânsito e chegar cedo em casa.....
Mas.... não aqui........
Pra que correr????? Você mora longe do salão?? Leva o que pra chegar em casa, às 18 hs, 10 minutos??? Então senta aí e relaxa, por que a sessão Jeca Spa vai começar...
A primeira vez que depilei aqui (primeira e penúltima, pois faço o sacrifício de esperar minhas idas a SP pra fazer isso...), fui achando que ia ser no máximo uns 5 minutos a mais que com a minha adorada Patrícia Miralva (que vale um post só pra ela, com seu complexo de Michael Jackson...)
Cheguei no salão e NEM CERA TINHA!!!!!! Só para esquentar a cera esperei 20 minutos... tic tac tic tac... vendo que o tempo corria me ative ao basicão, meia perna e virilha...
Finalmente a cera chegou, num ritmo inacreditavelmente simpático e lento...
Passa na perna..... espera secar...... arranca...
Passa na OUTRA perna.... espera secar...... arranca.....
(e a virilha esperando sua vez)
Bom, não vou abusar da paciência dos meus leitores (sim, homens podem e devem ler também, afinal, vocês ainda querem entender as mulheres?......) e detalhar a seqüência toda.... A minha Patrícia Miralva em SP me enche de cera, pareço um boneco de argila, e vai arrancando tudo ao mesmo tempo agora...
40 minutos, serviço completo...
Aqui... 1 hora e 15 minutos... meia perna e virilha......
FALA SÉRIO!!!!!!! Nunca mais.....
Pelo menos achei uma manicure que me libera em 30 minutos, não faz uma unha SENSACIONAL, mas não me deixa nervosa e ansiosa pra sair correndo dali... A primeira vez que fiz a mão, com uma típica senhora daqui, ela me algemou por 1 hora, quase chorei.....
Ufa... Se já achamos que "no pain no gain", que a beleza tem seu preço... aqui o preço é dobrado, pois além das taxas monetárias, há um imposto de paciênca e boa vontade, que espero, de coração, poder pagar logo logo.....
é isso
Inté!
-Não pode cortar seu cabelo e te fazer chorar que nem criancinha naquelas cadeiras de carrinho...
-Não pode tirar bifes dos seus dedos, nem deixar o esmalte cheio de bolinhas
-E finalmente, não pode te torturar na maca de depilação, puxando "d e v a g a r i n h o.....", quase pelo por pelo, enquanto você segura a respiração e ganha rugas de expressão para não gritar de dor no salão.... (rima péssima...) Pega mal... (essas demônias não devem depilar, né? São as depiladoras do mal, aposto que usam gilette...)
Mas o mais importante, TÊM QUE SER RÁPIDAS...
Na minha concepção de boa manicure, unha bem feita e no máximo 30 minutos de cadeira é ponto positivo.....
Depiladora ganha um adicional, quero levantar cheia de talco quando o timer gritar 40 minutos, mais que isso eu me depilo sozinha....
Afinal, somos mulheres ocupadas, se não com afazeres, com a hábil tarefa de escapar do trânsito e chegar cedo em casa.....
Mas.... não aqui........
Pra que correr????? Você mora longe do salão?? Leva o que pra chegar em casa, às 18 hs, 10 minutos??? Então senta aí e relaxa, por que a sessão Jeca Spa vai começar...
A primeira vez que depilei aqui (primeira e penúltima, pois faço o sacrifício de esperar minhas idas a SP pra fazer isso...), fui achando que ia ser no máximo uns 5 minutos a mais que com a minha adorada Patrícia Miralva (que vale um post só pra ela, com seu complexo de Michael Jackson...)
Cheguei no salão e NEM CERA TINHA!!!!!! Só para esquentar a cera esperei 20 minutos... tic tac tic tac... vendo que o tempo corria me ative ao basicão, meia perna e virilha...
Finalmente a cera chegou, num ritmo inacreditavelmente simpático e lento...
Passa na perna..... espera secar...... arranca...
Passa na OUTRA perna.... espera secar...... arranca.....
(e a virilha esperando sua vez)
Bom, não vou abusar da paciência dos meus leitores (sim, homens podem e devem ler também, afinal, vocês ainda querem entender as mulheres?......) e detalhar a seqüência toda.... A minha Patrícia Miralva em SP me enche de cera, pareço um boneco de argila, e vai arrancando tudo ao mesmo tempo agora...
40 minutos, serviço completo...
Aqui... 1 hora e 15 minutos... meia perna e virilha......
FALA SÉRIO!!!!!!! Nunca mais.....
Pelo menos achei uma manicure que me libera em 30 minutos, não faz uma unha SENSACIONAL, mas não me deixa nervosa e ansiosa pra sair correndo dali... A primeira vez que fiz a mão, com uma típica senhora daqui, ela me algemou por 1 hora, quase chorei.....
Ufa... Se já achamos que "no pain no gain", que a beleza tem seu preço... aqui o preço é dobrado, pois além das taxas monetárias, há um imposto de paciênca e boa vontade, que espero, de coração, poder pagar logo logo.....
é isso
Inté!
sábado, setembro 23, 2006
TPM...
Eu não acredito na mais remota possibilidade de qualquer homem (desde que não sofra de alguma disfunção hormonal crônica grave) algum dia, neste mundo, compreender efetivamente a TPM.
"Eu te entendo, sei que hoje tenho que ser mais delicado..."
"ENTENDE??? Como assim entede??? Você tem TPM??? TEM??? Não tem!!!! Então você não ENTENDE NADA!!!!!!, VAI SER DELICADO COM A VIZINHA!!!!" (e AI dele se for mesmo...)
e por aí vai... e o pior é que dá quinze segundos você está jogada nos braços dele chorando por que a blusa linda que você comprou ontem, e que no provador te deixou A cara da Gisele Bündchen, hoje te faz irmã gêmea da Chiquinha do Chávez....
Tem como qualquer homem balanceado quimicamente entender isso??? É pior que curva de autódromo, ele não pode ter a menor idéia do que vai encontrar do lado de lá...
A TPM é um momento tão delicado que eu costumo literalmente ignorar todos os meus pensamentos de ordem sentimental e prática... oops, ou seja, todos..... o que vem na minha cabeça nesses três dias vai direto pra lixeira, recycle bin...
"Nossa, com essa cara horrenda é melhor nem sair de casa..."
"Putz, acho que nasci para ser infeliz..."
"É melhor eu ir embora e ser voluntária da Cruz Vermelha no Afeganistão....."
Se a cada mês eu comprasse a passagem pros lugares que penso, abria uma agência de viagem pra fins de mundo...
Claro, esses pensamentos passam não sem causar um estrago fenomenal, não sem abalar estruturas internas e externas... (do ser masculino mais próximo, especialmente...)
Parece uma raiva direcionada... É como se eu me vingasse dele por ele não sangrar continuamente e muito, por 5 dias seguidos...
"Poxa, se ele não sangra, tem que sofrer por outros meios.... Como FAZÊ-LO sangrar deve ser contra a lei, e ele é um pouco maior que eu, vai sofrer por um período contínuo de incertezas, alfinetadas e mal humor... Mas vai sofrer, ah, vai..."
Nessas horas ninguém melhor do que uma amiga ou qualquer ser feminino que sofra do mesmo mal, nem que seja a tal vizinha que você antes quis jogar pro seu marido.
Desde que, claro, ela também não esteja de TPM.......
Inté! e bom fim de semana
"Eu te entendo, sei que hoje tenho que ser mais delicado..."
"ENTENDE??? Como assim entede??? Você tem TPM??? TEM??? Não tem!!!! Então você não ENTENDE NADA!!!!!!, VAI SER DELICADO COM A VIZINHA!!!!" (e AI dele se for mesmo...)
e por aí vai... e o pior é que dá quinze segundos você está jogada nos braços dele chorando por que a blusa linda que você comprou ontem, e que no provador te deixou A cara da Gisele Bündchen, hoje te faz irmã gêmea da Chiquinha do Chávez....
Tem como qualquer homem balanceado quimicamente entender isso??? É pior que curva de autódromo, ele não pode ter a menor idéia do que vai encontrar do lado de lá...
A TPM é um momento tão delicado que eu costumo literalmente ignorar todos os meus pensamentos de ordem sentimental e prática... oops, ou seja, todos..... o que vem na minha cabeça nesses três dias vai direto pra lixeira, recycle bin...
"Nossa, com essa cara horrenda é melhor nem sair de casa..."
"Putz, acho que nasci para ser infeliz..."
"É melhor eu ir embora e ser voluntária da Cruz Vermelha no Afeganistão....."
Se a cada mês eu comprasse a passagem pros lugares que penso, abria uma agência de viagem pra fins de mundo...
Claro, esses pensamentos passam não sem causar um estrago fenomenal, não sem abalar estruturas internas e externas... (do ser masculino mais próximo, especialmente...)
Parece uma raiva direcionada... É como se eu me vingasse dele por ele não sangrar continuamente e muito, por 5 dias seguidos...
"Poxa, se ele não sangra, tem que sofrer por outros meios.... Como FAZÊ-LO sangrar deve ser contra a lei, e ele é um pouco maior que eu, vai sofrer por um período contínuo de incertezas, alfinetadas e mal humor... Mas vai sofrer, ah, vai..."
Nessas horas ninguém melhor do que uma amiga ou qualquer ser feminino que sofra do mesmo mal, nem que seja a tal vizinha que você antes quis jogar pro seu marido.
Desde que, claro, ela também não esteja de TPM.......
Inté! e bom fim de semana
Comentário Kirschner...
Esse poema aqui me foi mandado pelo grande amigo Guilherme, que não conseguindo adicionar aos comments ganhou espaço no post... (mas claro, se não fosse pela qualidade do que escreveu...)
"Moça,não faça troça da roça.
Poemimetise e busque aquilo que ainda não vê.
Ensinar mais dialético que este, quem há de aprender?
O mundo anda ligeiro demais e as estradas agora nos levam a todo lugar.
Orto-florestal virtualnum blogui loqui rural.
Como um e-mail metido a pequena ode.
Uma loa ao log."
Valeu, Gui, venha sempre... e para fazer os comments, é só clicar aqui em baixo...
"Moça,não faça troça da roça.
Poemimetise e busque aquilo que ainda não vê.
Ensinar mais dialético que este, quem há de aprender?
O mundo anda ligeiro demais e as estradas agora nos levam a todo lugar.
Orto-florestal virtualnum blogui loqui rural.
Como um e-mail metido a pequena ode.
Uma loa ao log."
Valeu, Gui, venha sempre... e para fazer os comments, é só clicar aqui em baixo...
sexta-feira, setembro 22, 2006
Direções...
Aqui na roça você se sente voltando no tempo em vários aspectos... Um deles é o senso de direção, provavelmente que meus avós tinham lá no começo do século passado, quando moravam numa vila no Rio Grande do Sul:
"D. Edi, onde fica a casa dos Bleil?"
"Ah, é bem de trás da venda na praça, do lado da casa dos Fragatti"
Ah....
aqui ainda é assim...
Se você quer saber onde as pessoas moram você deve antes fazer um belo tour por todos os mercados da cidade, pois sempre são referência.
"Zé, onde você mora?"
"Sabe o Toulon?"
"Não"
"O mercado Toulon???" (e faz aquela cara de "nossa que ser humano perdido... de onde vem essa criatura que não sabe onde é o Toulon???")
"Não sei, faço compras no Extra!!!"
"Ah, não, não é perto do Extra, não... é perto do Toulon..."
E tchau, se você eventualmente quiser visitar o Zé só o que você sabe é que não é perto do Extra.... E te vira...
Além dos mercados você pode também se achar pelas saídas da cidade... (pode ser um efeito psicológico meu, mas é sempre pelas saídas desta cidade que eu me acho...) Pode ser pros lados da saída pra Bragança, ou pra Morungaba, ou pra Valinhos, e a mais fácil, a saída pra Jundiaí... Mas até chegar nessa você já se achou, pois é lá que fica o Extra...
O único lugar em que eu ainda me acho bem é na Praça... Nas duas, pois aqui somos roça chique, quase metrópole, pois temos no centro DUAS praças... É sempre por onde eu começo minhas perguntas, antes que alguém me diga, com aquela cara de quem está vendo um alien:
"Mas na praça não tem mercado nenhum......" JECA!!!
Inté
PS: respondendo a algumas mensagens indignadas com meu assassinato do passarinho, acho que ele só se assustou, fugiu pra outra janela....
"D. Edi, onde fica a casa dos Bleil?"
"Ah, é bem de trás da venda na praça, do lado da casa dos Fragatti"
Ah....
aqui ainda é assim...
Se você quer saber onde as pessoas moram você deve antes fazer um belo tour por todos os mercados da cidade, pois sempre são referência.
"Zé, onde você mora?"
"Sabe o Toulon?"
"Não"
"O mercado Toulon???" (e faz aquela cara de "nossa que ser humano perdido... de onde vem essa criatura que não sabe onde é o Toulon???")
"Não sei, faço compras no Extra!!!"
"Ah, não, não é perto do Extra, não... é perto do Toulon..."
E tchau, se você eventualmente quiser visitar o Zé só o que você sabe é que não é perto do Extra.... E te vira...
Além dos mercados você pode também se achar pelas saídas da cidade... (pode ser um efeito psicológico meu, mas é sempre pelas saídas desta cidade que eu me acho...) Pode ser pros lados da saída pra Bragança, ou pra Morungaba, ou pra Valinhos, e a mais fácil, a saída pra Jundiaí... Mas até chegar nessa você já se achou, pois é lá que fica o Extra...
O único lugar em que eu ainda me acho bem é na Praça... Nas duas, pois aqui somos roça chique, quase metrópole, pois temos no centro DUAS praças... É sempre por onde eu começo minhas perguntas, antes que alguém me diga, com aquela cara de quem está vendo um alien:
"Mas na praça não tem mercado nenhum......" JECA!!!
Inté
PS: respondendo a algumas mensagens indignadas com meu assassinato do passarinho, acho que ele só se assustou, fugiu pra outra janela....
Mórreu!
Acho que matei um passarinho.....
Hoje, o fidamae do passarinho veio cantar bem na minha janela... dei uma porrada tão forte pra fechar o vidro que acho que ele morreu.....
bom, azar dele, eu voltei a dormir...
Inté
Hoje, o fidamae do passarinho veio cantar bem na minha janela... dei uma porrada tão forte pra fechar o vidro que acho que ele morreu.....
bom, azar dele, eu voltei a dormir...
Inté
O Nome...
Vou explicar o nome do meu blog...
Penso no Jeca Tatu, do Monteiro Lobato, penso no Mazzaropi, e aquela sua personagem clássica, o caipira torto e com cara de mato.
Sou uma jeca, mas exatamente a jeca oposta do Lobato e do Mazzaropi... Sou uma jeca urbana, que fez o caminho oposto e chega ao campo com cara de poluição...
Saí de Sampa há um ano e meio, e ainda sou a típica paulistana aqui... Depois de 30 anos de metrópole, na minha primeira semana aqui atropelei um motoqueiro... Verdade, estava aqui há menos de uma semana e quase matei o indivíduo... Clássica paulistana, não? EU, por que ele se levantou, mexeu o joelho, viu que tava andando e falou "inté"! FUI! E eu ali, aos prantos, tentando seqüestrar o cara pra levá-lo pro hospital. Ai se fosse em Sampa, era um minuto pra um enxame de motoqueiros me linchar e me pendurar no primeiro poste, urrando cânticos tribais e evocando os deuses das duas rodas para me levarem pro canto mais escuro do inferno.
Aqui... "meu joelho tá bão, num tô sangrando, vou embora, fia..."
E por aí foi, depois deste batizado me sinto jeca quase todos os dias, principalmente com meus alunos... Sabe o que é, você dar aula de português e ao falar uma frase como "abra a porta" você ouve umas risadinhas daquelas típicas de quem está te zoando por trás... Aí você pergunta "o que foi??" e alguma mais corajosa (ela sabe que não tenho como ferrar ela, pois ela vai sempre bem) diz "Você falou poRta, e é engraçado, por que não é poRta, é PÓRRRRRRRRTA".....
Pois é, entre porrtas, porrrrtões e porrrrteiras eu vou me ajeitando como posso, tentando a todo custo me apegar às minhas características da paulicéia, em meio ao capim e aos galos!!!
Inté
Penso no Jeca Tatu, do Monteiro Lobato, penso no Mazzaropi, e aquela sua personagem clássica, o caipira torto e com cara de mato.
Sou uma jeca, mas exatamente a jeca oposta do Lobato e do Mazzaropi... Sou uma jeca urbana, que fez o caminho oposto e chega ao campo com cara de poluição...
Saí de Sampa há um ano e meio, e ainda sou a típica paulistana aqui... Depois de 30 anos de metrópole, na minha primeira semana aqui atropelei um motoqueiro... Verdade, estava aqui há menos de uma semana e quase matei o indivíduo... Clássica paulistana, não? EU, por que ele se levantou, mexeu o joelho, viu que tava andando e falou "inté"! FUI! E eu ali, aos prantos, tentando seqüestrar o cara pra levá-lo pro hospital. Ai se fosse em Sampa, era um minuto pra um enxame de motoqueiros me linchar e me pendurar no primeiro poste, urrando cânticos tribais e evocando os deuses das duas rodas para me levarem pro canto mais escuro do inferno.
Aqui... "meu joelho tá bão, num tô sangrando, vou embora, fia..."
E por aí foi, depois deste batizado me sinto jeca quase todos os dias, principalmente com meus alunos... Sabe o que é, você dar aula de português e ao falar uma frase como "abra a porta" você ouve umas risadinhas daquelas típicas de quem está te zoando por trás... Aí você pergunta "o que foi??" e alguma mais corajosa (ela sabe que não tenho como ferrar ela, pois ela vai sempre bem) diz "Você falou poRta, e é engraçado, por que não é poRta, é PÓRRRRRRRRTA".....
Pois é, entre porrtas, porrrrtões e porrrrteiras eu vou me ajeitando como posso, tentando a todo custo me apegar às minhas características da paulicéia, em meio ao capim e aos galos!!!
Inté
A Grande Idéia
Que idéia, criar um blog... Nunca imaginei que fosse ter qualquer interesse nisso... é algo como conhecer amigos pela net, ou pior ainda, procurar um grande amor no mundo virtual...
Escrever, para mim, sempre foi uma experiência solitária e meio obscura, cheia de incertezas e medos...
Fiz poemas por muito tempo e pouqíssimas pessoas tiveram a oportunidade de os ler... Que vergonha, como assim, o que vão pensar de mim??? E agora quebro um tabu e faço um blog...
Será que alguém, além da minha irmã, mãe e sogra vão ler?????? Sei lá, mas vale a tentativa...
Tenho inspiração, claro... Gastón, meu amigo do blog "Una Vida Perra" é uma fonte de coragem para me jogar aqui... talvez ele também entre de vez em quando...
Mas enfim, aqui estou, começando um novo projeto (como me ensinou a sábia Carol), para me comunicar com amigos e falar um pouco dessa vida de Jeca Urbana, presa em um elo perdido entre a civilização e a barbárie, como aos poucos vocês vão descobrir....
Venham sempre, vou tentar atualizar com freqüência...
Inté!
Escrever, para mim, sempre foi uma experiência solitária e meio obscura, cheia de incertezas e medos...
Fiz poemas por muito tempo e pouqíssimas pessoas tiveram a oportunidade de os ler... Que vergonha, como assim, o que vão pensar de mim??? E agora quebro um tabu e faço um blog...
Será que alguém, além da minha irmã, mãe e sogra vão ler?????? Sei lá, mas vale a tentativa...
Tenho inspiração, claro... Gastón, meu amigo do blog "Una Vida Perra" é uma fonte de coragem para me jogar aqui... talvez ele também entre de vez em quando...
Mas enfim, aqui estou, começando um novo projeto (como me ensinou a sábia Carol), para me comunicar com amigos e falar um pouco dessa vida de Jeca Urbana, presa em um elo perdido entre a civilização e a barbárie, como aos poucos vocês vão descobrir....
Venham sempre, vou tentar atualizar com freqüência...
Inté!
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