quinta-feira, fevereiro 02, 2012

E a Jeca nasceu...


Falar da Jeca é sempre muito gostoso, pois já vão aí quase 6 anos de blog, e mesmo que há alguns eu não dê conta de atualizar, não há coragem nenhuma de exterminá-lo.
A Jeca nasceu de uma extensão terapêutica...
Pra entender a Jeca, é importante conhecer um pouco da Tatiana... Pra quem não sabe, eu fui comissária de bordo por algum tempo, lá no passado, e vivia no eixo São Paulo, Nova York, Los Angeles e Tókio. Eu trabalhava em uma companhia japonesa, e vivia de maneira bem cosmopolita.
Meus anseios acadêmicos falaram mais alto, e em 2002 eu parei de voar e voltei a dar aulas.
Ainda na metrópole São Paulo, minha casa desde que nasci, conheci o maridão, que estava de mala prontas para assumir um emprego no interior. Quase roça, diga-se de passagem... Pelo menos era assim, pra mim, quando me mudei pra cá de mala e cuia, em 2005.
Agora, coloque-se no meu lugar: Recém casada, deixei pra trás o agito de SP, a casa da mãe, o emprego, os amigos e até de carro troquei. Fiquei totalmente sem referência nenhuma.
Meu primeiro ano aqui foi terrível. Sem conhecer vivalma na cidade, sem trabalho, e em uma cidade pequena, com pouca estrutura e hábitos um tanto diferentes dos meus. Lembro que em um dia de faxina (era o que me restava) eu vi a vassoura na lavanderia e caí em prantos. Corri pra São Paulo conversar com o professor que no ano seguinte se tornaria meu orientador no mestrado.

"Preciso de movimento. Uma vassoura me fez chorar, eu sou cosmopolita demais pra viver assim!!"

Resultado, voltei pra terapia, comecei meu mestrado e em 2006 comecei a dar aulas na escola onde estou até hoje.

Nesse ano de aclimatação, comecei a escrever sobre minha visão da cidade. Lá no começo da Jeca, o tema era único, a vida de uma pessoa URBANA em uma cidade do interior. Daí, Jeca Urbana.

O maravilhoso do blog, no entanto, foi que (além de conhecer pessoas especiais por aqui) pude, ao longo do tempo, perceber que fui invertendo a ordem do título... A jequice vem tomando conta, e cada vez mais me torno um ser híbrido, que para os paulistanos é caipira e para os daqui, urbana demais...

Inté!

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